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Obra limpa e conservada: Saiba como organizar e proteger os materiais durante todo o processo

Com sua experiência na gestão de obras, o arquiteto Bruno Moraes traz orientações para evitar sujeira e prejuízos durante construções e reformas em geral

É muito bom ver o resultado de uma obra pronta, mas para que tudo saia como o esperado, é preciso ter muito cuidado com cada detalhe | Projeto Bruno Moraes Arquitetura e foto de Luis Gomes

Muita gente associa a palavra “obra” com sujeira, bagunça e perda de materiais – um sinônimo de desperdício e dinheiro. Porém, com uma série de processos, é possível realizar construções e reformas de forma organizada e sem os famosos e recorrentes problemas, tanto para os profissionais, quanto para os proprietários. O arquiteto Bruno Moraesdo escritório Bruno Moraes Arquitetura, com ampla experiência em gerenciamento de obras, explica como conseguir tais resultados a partir de um planejamento pautado em ações que resultarão em uma obra com outro panorama. Confira!

Planejamento

Para que tudo fique organizado, é necessário contar com um planejamento para cada etapa. Com o cronograma bem detalhado, com cada atividade que será executada diariamente, é possível separar um período no final do dia que sempre será dedicado para limpeza e a arrumação do local. “Nas obras gerenciadas por nosso escritório, implantamos a rotina de encerrar o expediente 15 minutos antes para que a equipe possa realizar a varrição, conferir as proteções e guardar ferramentas. Sem isso, não terminamos nosso dia de trabalho”, conta o arquiteto.

Imagens de obras em projetos do escritório Bruno Moraes Arquitetura | Divulgação

Proteção

Em todas as etapas, é necessário ficar atento a tudo que cerca o local e identificar quais materiais podem, porventura, serem danificados durante o período da obra. Caso de itens mais delicados como vidros, pisos, revestimentos em geral, tampos e móveis, entre outros.

De acordo com Bruno, materiais de proteção como papelão liso ou corrugado (em diferentes gramaturas), plástico bolha ou normal, lonas (com diferentes espessuras), mantas impermeabilizantes ou emborrachadas, etc, nunca são gastos supérfluos, pois às vezes, o barato pode sair muito caro. “Ao deixar de proteger móveis ou o piso, um arranhão pode ser muito mais oneroso para reparar a investir em proteção. Sem contar os aborrecimentos por causa dos danos e desgastes”, avalia.

De bem com a vizinhança: plaquinha bem humorada para avisar os moradores vizinhos sobre a ocorrência de obras no local | Divulgação

Cada material, uma proteção diferente

Bruno exemplifica, de maneira simples, as funções de cada tipo de proteção:

– Lona de plástico: protege contra poeira, tintas e riscos superficiais. O arquiteto indica instalar lonas fixas no teto e pisos, formando uma cortina fixa, para não entrar pó em outros ambientes do imóvel;

– Papelão ondulado: recomendado contra poeira, riscos e impactos diversos. Porém, com muita umidade ele pode dissolver e até manchar aquilo que está em sua proteção. Portanto, será preciso trocar com frequência;

– Mantas emborrachadas: asseguram proteção contra poeira, riscos e são muito resistentes contra impactos. São ótimas opções, mas têm um custo um pouco mais elevado. Segundo o profissional, vale a pena pela segurança;

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– Manta de Polietileno ou madeirites: são ótimos para proteção contra impactos durante a execução da obra;

– Manta impermeabilizante: ideais para proteger da umidade;

 “Salva Pisos”: trata-se de uma espécie de papel bolha mais rígido, fixado a um papel Kraft laminado bem resistente, propiciando proteção contra impactos, poeira, riscos e líquidos, como respingos de tinta.

Dica 1: A compra de materiais mais baratos e/ou menos resistentes implica em uma troca com mais frequência, haja vista que alguns podem se decompor com o tempo da obra;

Dica 2: O arquiteto Bruno Moraes afirma a preferência do escritório por uma combinação de materiais capazes de resistir tanto aos impactos, como também à umidade ou aos desgastes, como no caso da circulação dos profissionais. “Por isso é tão importante reunir vários tipos de proteções na obra. Não adianta apenas cobrir uma bancada de pedra ou piso com uma lona preta, pois ela salvaguardará apenas a incidência de sujeiras e umidade. Todavia, caso ocorra a queda de algum objeto pesado, não haverá nenhuma proteção contra impacto” avisa.

Piso de madeira ou porcelanato que imita cimento queimado? Não importa qual seja, é preciso proteger os revestimentos após instalados até o momento final da obra | Projetos Bruno Moraes Arquitetura e fotos de Luis Gomes

Piso

Independentemente do tipo de revestimento, é essencial protegê-lo! Desde o mais delicado, como um assoalho de madeira, ou mais resistente como um porcelanato. Afinal, há a chance de riscá-los, receber respingos de tinta ou danificá-los com a queda de uma ferramenta pesada.

Bruno explica que cada piso tem sua peculiaridade na hora de realizar a proteção. Por exemplo, para o assoalho de madeira, ele não indica utilizar a ondulação do papelão (tipo corrugado) para baixo, pois poderá marcar. Também não é recomendado unir um papelão com outro utilizando fitas colantes, pois o piso também precisa respirar. Já no caso do porcelanato, é possível realizar a proteção com papelão e a vedação de todas as frestas com fitas colantes, de forma que não entre nenhum vestígio da obra para baixo.

Cuidado com as intempéries

Bruno relata que em uma obra recente, onde ocorreu a instalação do piso da varanda, foi necessário fechar o ambiente com uma manta de proteção até o teto como meio de proteção do local contra a poeira, ventos e chuva, já que o fechamento de vidro ainda não havia sido executado. Em obras de rua, por exemplo, como casos de fachadas e áreas externas, é preciso colocar tapumes para proteger das intempéries.

Obras na varanda também exigem atenção para evitar chuva, entrada de sujeiras ou poeiras | Projeto Bruno Moraes Arquitetura e foto de Luis Gomes

Pintura

A tinta, por ser um produto líquido, demanda uma proteção que não estrague com a umidade. Nesse caso, o arquiteto sugere o plástico bolha, “salva piso”, lona, vinil ou o madeirite, entre outros opções disponíveis no mercado. Na união entre os materiais citados, é indispensável efetuar o isolamento de forma correta, para que a tinta não escorra nas frestas, nem alcance a altura do piso. No processo da pintura, Bruno aconselha sempre proteger com fita de pintura as portas, interruptores e quaisquer outros itens que possam receber respingos de tinta.

Nada como um projeto com cores vibrantes! Mas é preciso tomar cuidado na hora da pintura para proteger pisos e móveis de forma adequada | Projeto Bruno Moraes Arquitetura e foto de Luis Gomes

Sobre Bruno Moraes Arquitetura

Criado há 13 anos, o escritório é comandado por Bruno Moraes, arquiteto formado pela Faculdade Belas Artes de São Paulo (FEBASP) e pós-graduado em Gerenciamento de Empreendimentos na Construção Civil pela FAU Mackenzie. Bruno passou por grandes escritórios, como o do arquiteto Siegbert Zanettini, onde participou do projeto de ampliação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras, considerado o maior projeto sustentável da América Latina.

O escritório atua nas áreas de gerenciamento e execução de obras, além de se dedicar à concepção de projetos de casas, reforma de apartamentos, retrofits, espaços corporativos e áreas comuns de edifícios. Dispõe de equipe própria de obra, cuidadosamente treinada para gerir os trabalhos com processos próprios desenvolvidos pelo escritório que usa, entre outros diferenciais, um aplicativo personalizado. A marca Bruno Moraes Arquitetura tem trabalhos publicados nas mais importantes publicações de decoração e arquitetura do Brasil. Em 2019 e 2020 participou do quadro de decoração do Programa da Eliana, no SBT, e em 2021 assina novamente a reforma do ambiente.

Bruno Moraes Arquitetura
(11) 2062-6423
www.brunomoraesarquitetura.com.br
@brunomoraesarquitetura

 

 

Por Glaucia Ferreira

 

 

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