A arquiteta, que já recebeu menção honrosa pelo projeto U-Lounge em 2013, teve dois projetos reconhecidos em uma das mais importantes premiações de design do mundo
Fernanda Marques, uma das mais premiadas arquitetas brasileiras e autora de inúmeros projetos inovadores e de grande reconhecimento como residenciais para famosos como Thiago Leifert e lojas badaladas como Jonh John, concorreu em duas categorias no Best of Year Awards, uma das maiores premiações do design mundial.
Ela concorreu na categoria “City house: Architecture” com o projeto Casa Jabuticaba:
e levou o prêmio na categoria: “Large Commercial Lobby + Amenity Space–Category” com o projeto realizado para o Brazilian Financial Center.
O projeto para o Brazilian Financial Center na Avenida Paulista é fruto da vitória do–escritório Fernanda Marques Arquitetos Associados em concurso. Bastante honrados com o privilégio de projetar no icônico eixo paulistano, Fernanda desenvolveu um elegante e sofisticado lobby, cuja fachada é um pórtico que se volta para a avenida. no qual luz e linhas ritmadas são o partido de projeto.
Inspirada pela arte e pela paisagem da própria avenida, com seus edifícios alinhados, e pelo movimento das pessoas, carros e luzes, a arquiteta definiu elementos que trazem a alternância em ritmos, luz, cheios e vazios.
“É um grande reconhecimento do nosso trabalho, do trabalho da mulher, principalmente em um meio tão disputado por homens, que dominam a área de arquitetura”, comenta Fernanda Marques, que após sua viagem por Tóquio para buscar inspirações em seus trabalhos futuros, desembarcou em Nova York para a premiação.
A premiação Best of Year Awards, que neste ano está em sua 17ª edição, aconteceu no dia 8 de dezembro em Nova Iorque e premiou os mais importantes arquitetos, urbanistas e designers do mundo com o melhor do design e produto.
Mais informações no site www.interiordesign.net
SOBRE FERNANDA MARQUES
Fernanda Marques, 56 anos, conseguiu se destacar numa área dominada basicamente por homens e se tornar uma das arquitetas mais premiadas do Brasil. É responsável por vários projetos inovadores para moradia e para empresas (as lojas da John John entre outros). Um dos temas sobre o qual gosta de falar é a arquitetura pós-pandemia: as pessoas agora estão buscando tornar o lar um espaço mais privativo, com mais paredes e escritórios isolados para home-office, por exemplo. Se antes as casas era o espaço apenas para coisas básicas do cotidiano, hoje é o contrário. É–esse o conceito de projetos que ela está desenvolvendo para, por exemplo, a família de Thiago Leifert e Daiana Garbin, que se mudaram recentemente e lhe pediram escritórios separados para ambos.
Fernanda é ótima para falar do conceito de moradia, bem estar, o papel da arquitetura na vida das cidades e das pessoas como exercício integrado de várias disciplinas, a decoração que valoriza objetos, mobiliário e obras de artistas brasileiros, sobre empreendedorismo e liderança feminina, sobre as responsabilidades da mulher empresária atualmente, estilo de vida, diversidade nas empresas e sustentabilidade na indústria da construção.
Fernanda Marques é formada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, a FAU USP. Nos últimos dez anos, recebeu doze prêmios: nove Design Awards com os bancos Geomorph e Infinite e os projetos da Malibu Residence, da Chef´s Kitchen Lounge (Casa Boa Mesa), da Garage Lounge Multipurpose Space (Casa Black), das lojas John John, da residência Limantos, da residência Fazenda Boa Vista e do revestimento Synapsis. Dois Americas Property Awards pela residência Tavarua e pelo escritório Ermenegildo Zegna, e, finalmente, um IF Awards, pelo projeto da residência Eretz, em São Paulo.
Ávida colecionadora e incentivadora da Arte Contemporânea – já desenvolveu projetos que aproveitaram trabalhos dos irmãos Campana, entre outros – ela foi também recentemente escolhida como membro permanente do Comitê de Aquisições da galeria Tate Modern, de Lonres, para a América Latina. Fernanda Marques gosta de afirmar que seus projetos são caraxterizados pela luz, textura e subversão.
Seu estúdio de criação ocupa 400 m2 num prédio da Vila Olímpia, em São Paulo. O mobiliário mínimo mistura materiais naturais e industriais, como uma mesa com base de tronco de Hugo França, poltronas Kartell desenhadas por Phillipe Starck e cadeiras de balanço Bubble Chair de Eero Aarnio. O local de trabalho é também de convivência, pois com os espaços independentes para o desenvolvimento das atividades profissionais há um grande terraço com–vista para o bairro, com acesso aberto a todos da empresa, que reforça os laços com a cidade lá fora.
Imagem: divulgação
By Lorena | GBR Comunicação
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