Gabriel Magalhães assina o Pátio Interno da Casas Conceito 2025

Assinado por Gabriel Magalhães, o Pátio Interno da Casas Conceito 2025, que este ano acontece no Casario da Misericórdia, centro histórico de Salvador, convida o visitante a uma imersão sensorial e afetiva no Brasil profundo. O espaço propõe uma pausa no ritmo acelerado da vida contemporânea e um respiro dentro do circuito de visitação da mostra, para redescobrir nossas raízes culturais por meio da arte, da matéria e da ancestralidade.

O pátio, envolto por uma rampa de circulação, torna-se um refúgio contemplativo, onde a brasilidade se revela nos detalhes: nas texturas naturais, nas cores terrosas, nas obras de artistas populares e indígenas, nas formas e nos elementos artesanais que carregam memória e identidade.

O ambiente é atravessado por uma curadoria que celebra a força da arte brasileira, com obras de nomes como Arlete Soares, Roxinha, Kennedy Bahia, Heitor dos Prazeres, Emanuel Araújo, Mario Cravo e Roberto Faria. Seus trabalhos compõem uma narrativa visual que ecoa as diversas camadas do país: o popular, o lírico, o ancestral e o contemporâneo.

A escolha do mobiliário de design brasileiro reforça a valorização da produção nacional e do fazer autoral, estabelecendo um diálogo entre  a tradição e o novo. As formas limpas, o jardim interno, os materiais naturais e as texturas táteis transformam o pátio em um espaço de permanência e contemplação.

Um dos pontos centrais do ambiente é a parede revestida com ladrilhos hidráulicos, desenhados exclusivamente por Gabriel. O desenho dos módulos faz referência às icônicas aberturas de janela projetadas por Lina Bo Bardi em seus trabalhos de revitalização do centro histórico de Salvador, um gesto de reverência à arquitetura social e profundamente enraizada no território.

“O pátio faz um convite para um olhar que se volta para o Brasil, ao mesmo tempo que nos convida a olhar para dentro de nós, com mais escuta, presença e pertencimento. Ao atravessar o espaço, o visitante é chamado a sentir, a lembrar e a reconhecer a beleza que pulsa nas raízes da nossa cultura”, explica Gabriel.

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