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Que seja Casa: um espaço de acolhimento e conforto

 

Estreante na CASACOR SC, a arquiteta Bruna Tuon Sposito mostra a que veio trazendo um living com charme minimalista, que abraça os visitantes

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Se o living planejado pela arquiteta Bruna Tuon Sposito, do Sum + Studio, fosse um estilo musical, certamente seria um belo jazz: suave, marcante, acolhedor e cheio de personalidade. E até o nome combina com essa atmosfera: “Que seja Casa”. O ambiente de 94 metros quadrados marca a estreia da profissional na CASACOR SC. “A sensação de fazer parte do elenco da mostra é muito boa. Posso mostrar o meu trabalho e a forma como o faço”, comenta.

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O espaço combina perfeitamente com qualquer capital cosmopolita do mundo. E o melhor: sem deixar a brasilidade de lado.

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A planta do ambiente conta com cozinha gourmet e duas salas (de jantar e de TV). Um dos grandes destaques, na opinião da arquiteta, é o jardim de inverno, revestido com pedras da coleção Collina (Mosarte). Trata-se de um material natural, acinzentado, trazido da região da Lombardia, na Itália. Sobre a superfície, há vasos artesanais feitos à mão no Vietnã (Organne). “Cada peça conta uma história”, destaca Bruna. O projeto é abraçado pelo paisagismo assinado pela Le Nôtre, com plantas próprias para a área interna.

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O mais inusitado é que esse cantinho nem estava previsto inicialmente. “Depois de receber a planta fui pega de surpresa com uma sapata (fundação) dentro do espaço, encoberta por um palco. Eu consegui camuflá-lo trazendo um aspecto de uma varanda interna, conectando o interior com a natureza”, diz.

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Em relação ao layout, ela optou por dividi-lo por funções. “Pensei em um circuito fluido, que centraliza o espaço principal: a sala de jantar. A planta é livre, sem bloqueios e permite ter contato com todos os cantos”, explica. Tais setores receberam uma iluminação suave, quase cênica, indireta e pontual. “A intenção era iluminar o jardim de inverno, a mesa de centro, a mesa de jantar e a grande ilha. No bar, busquei algo mais homogêneo por meio da tela tensionada, que cria um fundo visualmente calmo para as prateleiras”, diz.

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Reuso é chique!

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Para o piso, a profissional apostou em tacos de dois tipos de madeira diferentes (de 24 x 7 cm): peroba e canela. O curioso é que este material saiu de uma obra assinada por ela há 4 anos. Ou seja, o que seria descartado, se transformou em algo especial. Reaproveitar é preciso, sobretudo diante de tanto uso desordenado de matéria-prima! Depois de ser lixado e receber resina fosca, o piso ganhou um novo fôlego. Note que a paginação tipo “espinha de peixe” dá um charme único à composição.

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Ao redor, ripas de chapas metálicas pintadas em branco garantem movimento e suavidade. Mais à frente, na cozinha, painéis de MDF ripado são a companhia perfeita para os tampos feitos em Dekton Aura, da Cosentino (mesa, ilha e bancada da cozinha).

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Cores e materiais em sintonia

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Bruna conta que optou por uma paleta neutra, com branco e pontos de cor avermelhados. “Esse fundo branco dá espaço para tudo acontecer. É a junção de todos os tons. Já o vermelho esquenta, acolhe e traduz a força das nossas emoções”, comenta.

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Arte e conforto: que seja casa!

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O sofá de linhas neutras ganhou a companhia do quadro assinado por Claudio Tozzi (a obra é de 1979). Aliás, há arte por todos os cantos. No bufê, destaque para a obra Servo, de Henrique Savas e, na entrada, para a tela EloV, assinada por Marcos Siqueira. Na estante e em outros pontos do living, brilham os vasos de cerâmica e peças de artistas locais, como Frida não Late, Michele Furlani, Bernardo Dartagnan e Ana Costa Lima. “Escolhi colocar obras que trouxessem movimento e ao mesmo tempo leveza para o espaço”, comenta Bruna.

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Um destaque é a escultura cerâmica “A Infância que Habita em Mim”, de Rodrigo Pedrosa, que está com uma exposição em cartaz no Museu de Arte Contemporânea de Niterói – RJ.

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Móveis assinados por ela também abrilhantam o living. Um exemplo é a mesa Fases, que possui tampo de mármore grigio e uma base que mostra a transição de diversas “estacas” para uma peça contínua. Tapetes (Maiori) e mobiliário solto (Contti Home Design) complementam a ambientação. Por fim, há também o charme das poltronas Bella Donna (Giacomo Tomazi) e Haus (Bruno Faucz), também da Contti. “Quis brincar com tramas, texturas, fios e cores diferentes”, diz a arquiteta. Tudo aqui é pura poesia, pura música boa!

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Texto: Juliana Duarte para Casa de la Gracia Comunica

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By Redação Casa de la Gracia

Imagens: Créditos Débora Jank

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