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Moodboard na Decoração e Arquitetura: um segredo para a concepção de projetos criativos

Fonte principal de inspiração, o moodboard cataloga diversos elementos que vão compor o projeto de decoração ou arquitetura. A Etri Arquitetos vai mostrar o grande potencial dessa ferramenta

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A arquitetura e a decoração são áreas que não se limitam apenas ao raciocínio espacial dos ambientes, mas se estendem ao domínio da estética e da expressão. Nesse contexto, a construção de um moodboard, que consiste na reunião de elementos visuais como imagens, cores, texturas e itens inspiradores, desempenha um papel relevante na concepção de casas, apartamentos e espaços comerciais, uma vez que auxilia na transmissão de conceitos complexos, impulsiona a criatividade, mantém a consistência no projeto e estabelece uma conexão profunda entre o lugar e as pessoas que o ocuparão.

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Com experiência nesse recurso, a dupla Renata Iervolino e Eduardo Tambellini, arquitetos à frente do escritório Etri Arquitetos, vai descrever o que é a ferramenta e qual o potencial do moodboard no projeto arquitetônico.

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História e definição

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Nascido no mundo do design e da comunicação visual, o moodboard é uma evolução da prática de criação de colagens, que envolvia a coleta e organização de imagens, texturas, cores, entre outros itens para expressar um conceito visual. Ao longo dos anos, outras áreas, como a moda e a arquitetura, passaram a usufruir do moodboard como ferramenta essencial de trabalho, o considerando uma parte integral do processo criativo.

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Em definição, o moodboard pode ser um catálogo, painel, prancha ou mesmo um quadro, ao qual vai dispor dos elementos que vão compor uma ideia. Como tendência arquitetônica, Renata Iervolino considera o propósito de um moodboard fundamental para conseguir visualizar, de modo geral, as composições e acabamentos escolhidos para o projeto de interiores.

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O moodboard pode ser atualizado à medida que o projeto evolui, incorporando novas ideias, feedback dos clientes e desenvolvimentos no design | Foto: Divulgação

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“Elementos como tecidos, acabamentos, revestimentos, pedras, metais, marcenaria, piso, persianas, enfim, tudo que determina a composição de cores, assim como as texturas, acabamentos e a materialidade geral de um projeto vai estar lá. Essa é a forma ideal de conseguir passar para o cliente um pouco das combinações e dos materiais selecionados para o projeto”, explica a arquiteta.

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Ferramenta de relacionamento

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Os arquitetos acreditam que ao reunir uma variedade de elementos visuais, o moodboard, junto das representações em 3D, conseguirá passar a informação de forma mais eficiente aos clientes do que se fosse apenas plantas e o projeto descrito, pois os clientes podem melhor imaginar como será o futuro lar. A combinação do quadro acaba trazendo muita segurança para seguir, sem eventuais inseguranças, quanto aos materiais eleitos.

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“É nessa fase que eles conseguem visualizar o projeto e entender o porquê da escolha de tais materiais. Procuramos sempre fazer as reuniões carregados de amostras de praticamente 100% do projeto, pois essa é uma forma do cliente conseguir ver, tocar e entender a importância das texturas e de seguirmos à risca a composição e paleta de cores proposta para cada projeto em individual”, diz o arquiteto Eduardo Tambellini.

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O moodboard deve ser feito em parceria com clientes e arquitetos. Ao final, com a aprovação do cliente, a ferramenta garante as expectativas e visões selecionadas | Foto: Divulgação

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Dessa forma, o moodboard vira ferramenta não só de relacionamento entre arquitetos e clientes, como também entre moradores e a residência, a partir da conexão que começa a se criar. Através das escolhas cuidadosas, os elementos do painel vão evocar emoções e sensações que vão ressoar com as experiências e necessidades das pessoas que os utilizarão.

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Estilo e paleta de cores

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O moodboard exerce uma influência profunda no estilo arquitetônico, pois ainda na primeira seleção de elementos, o resultado vai orientar a direção do projeto, determinando se ele terá uma pegada contemporâneo, clássica, rústica, minimalista, ou até uma mistura, como muitas vezes acontece. A partir de então, tudo vai se construir em torno do que já foi definido e o moodboard vai garantir coesão e consistência visual.

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Já a escolha das cores é sempre um elemento crítico na arquitetura, pois elas não afetam apenas a estética, mas também podem influenciar o humor, a percepção do espaço e a experiência dos ocupantes. Por isso, os arquitetos dizem que é preciso conhecer bem o perfil dos clientes, com antecedência.

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“Quando chegamos nessa fase, geralmente, já conseguimos sentir do cliente o partido das cores e elementos antes mesmo de iniciar o projeto para seguirmos com as possíveis sugestões. Um projeto sempre mescla cores, texturas e acabamentos, e consideramos o mais importante nesse momento saber ousar, escolhendo as “bases de cores” para então equilibrar em outros elementos, o que mantém o projeto homogêneo, sem ficar carregado e mantendo uma linha onde as cores influenciam muito no aconchego do projeto proposto”, explicam os profissionais da Etri Arquitetos.

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Destarte, o escritório mantém a utilização de cores neutras, como cinza, branco e preto, como pano de fundo no design arquitetônico e de interiores. Assim, o cenário pode ser facilmente complementado com toques de cores vibrantes e elementos decorativos de acordo com o que o moodboard determinar.

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Equilíbrio natural

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A busca pelo equilíbrio na composição de um moodboard é um processo delicado, especialmente quando se trata de harmonizar uma paleta natural de materiais. “Para alcançar esse equilíbrio, concentramos nossa atenção nos elementos mais substanciais do projeto, como a escolha de madeira, materiais orgânicos, pedras naturais e revestimentos de fibras exclusivas”, conta Renata. A partir daí, a paleta de cores se desenha em torno desses elementos, respeitando as texturas preexistentes e as cores naturais.

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Incluir imagens de referência de projetos similares ajuda a estabelecer um ponto de partida e a comunicar as intenções estilísticas. Materiais como madeira, pedra, vidro, metal e revestimentos podem ser incluídos para representar os elementos construtivos | Foto: Divulgação

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No contexto da arquitetura e do design de interiores, muitas vezes, esses elementos naturais, por sua robustez e textura, estabelecem o tom e a direção para os elementos subsequentes. Como forma de encontrar um equilíbrio atemporal, Eduardo conta que aposta na mescla de rústico e moderno sem sobrecarregar sua essência.

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Além do equilíbrio com o natural, o arquiteto ressalta a importância de estar a par dos materiais existentes no mercado para assegurar o equilíbrio da funcionalidade com a estética. “Procuramos sempre nos atualizar, conhecer novos materiais, entender a fundo a parte de manutenção juntamente com o lado estético para dar “jus” ao investimento do morador. Temos esse papel de saber com muito afinco todos esses detalhes, pois é isso que determina a qualidade e integridade de tudo o que será sugerido, sempre respeitando a concepção do projeto”, afirma.

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Em resumo, o moodboard é um componente indispensável na concepção de projetos criativos, com ele é possível ter uma comunicação mais eficaz ao traduzir conceitos e ideias em realidade visual. Para arquitetos, é uma ferramenta que vai exalar inspiração e ao mesmo tempo ser parâmetro para demais manifestações que surgirem durante o processo de obra.

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Sobre a Etri Arquitetos

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A Etri Arquitetos nasceu com o propósito de promover a “arte de viver bem”, por meio da elaboração de ambientes através de uma abordagem abrangente na visualização de projetos arquitetônicos. Em busca da concretização de um visual de luxo com nuances orgânicas e naturais, conduz todas as fases do processo, desde o planejamento da planta até o refinamento do design de interiores. Contando com mais de 10 anos de experiência, a dedicação do casal Renata Iervolino e Eduardo Tambellini, à frente do escritório, é conceber espaços de forma holística, com o compromisso de assegurar a materialização de ambientes providos de elegância.

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By Emilie Guimarães | Mailingimprensa

Imagens: Divulgação

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