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Gallery wall: Guia completo para montar em casa sem erro

A arquiteta Júlia Guadix, à frente do escritório Liv’n Arquitetura, reuniu dicas essenciais para transformar a parede com a combinação de quadros

Paredes vazias são espaços perfeitos para soltar a criatividade e montar uma gallery wall! Quadros, fotos, pôsteres e até adornos, como pratos e lembranças de viagem, podem formar lindas composições, dando vida para essas superfícies. Ou seja, qualquer parede pode se transformar em uma galeria de arte!

Após eleger o ambiente que receberá o arranjo artístico, a escolha das obras de arte deve seguir a personalidade do morador. Assim, é possível combinar molduras, tamanhos, formatos, desenhos e tonalidades em uma disposição assimétrica ou rigorosamente organizada. Esse recurso tem o poder de mudar qualquer cômodo da sua casa!

Para ajudar nessa tarefa gratificante, a arquiteta Júlia Guadix, à frente do escritório Liv’n Arquitetura, reuniu algumas dicas essenciais. O mais importante é que os elementos da gallery wall façam referência ao gosto e estilo de quem vive na residência. Além da estética, a elaboração deve também passar boas sensações”, detalha.

Confira a seguir:

Escolhendo os quadros:

O primeiro passo é selecionar quais obras irão compor a gallery wall. Sejam coloridas ou de tons neutros, é fundamental que ‘conversem’ com a decoração do ambiente. Sendo assim, para montar uma galeria harmoniosa, a arquiteta aconselha a eleger os quadros que interajam de alguma maneira entre si. “Pode ser pelo tema, pelas cores, pelos traços que reproduzem linhas mais orgânicas ou geométricas, pinceladas mais abstratas ou realistas”, diz.

Se preferir compor com peças em tons mais neutros, se joga! Dá para criar uma galeria muito interessante utilizando uma paleta de cores sóbrias“Nem tudo é sobre cor! Podemos brincar com o contraste, formas, linhas das obras, trabalhar com molduras com mais ou menos informação, inserir objetos na composição, ou seja, existe um mundo de possibilidades incríveis”, afirma Júlia Guadix.

De diferentes tamanhos e formatos, nessa sala de estar os quadros (Urban Arts) possuem pontos em comum para formar uma gallery wall agradável | Projeto: Liv’n Arquitetura

Além disso, as molduras podem ser aliadas nessa conexão entre as gravuras. Em linhas gerais, não precisam ser necessariamente idênticas, porém o ideal é que tenham algo em comum como o material, cor, espessura ou o estilo. Dessa forma, a montagem ficará mais agradável aos olhos, fazendo mais sentido.

Como organizar?

Nessa sala de estar, as gravuras, cartões postais trazidos de viagens estão posicionados ao lado da televisão. Os tamanhos e molduras variam, porém o tema preto e branco predomina | Projeto: Liv’n Arquitetura

Sobre tamanhos, não há uma regra. Para isso, é necessário produzir uma organização prévia para que o resultado seja um conjunto agradável aos olhos. A profissional recomenda demarcar a área que será ocupada com os quadros, traçando as linhas dos eixos verticais e horizontais que formam os quatro quadrantes. Depois, é só distribuir os maiores, equilibrando com os menores. “Por exemplo, se de um lado eu dispor um quadro grande, do outro equilibro com versões menores que ao unir possam espelhar uma área semelhante ao maior”, explica.

Depois de eleger as gravuras, cores e os tamanhos da gallery wall, o próximo passo é determinar a distância ideal. Essa resposta dependerá da superfície que será usada, mas em geral recomenda-se entre 5 a 15 cm. Se ficarem muito espaçados, a composição pode perder o sentido de conjunto.

Disposição da gallery wall:

Nessa sala de jantar, a parede de concreto recebeu três quadros (Urban Arts) com molduras iguais | Projeto: Liv’n Arquitetura

Para a disposição das obras, uma dica relevante é posicionar o eixo horizontal do arranjo na altura dos olhos – aproximadamente 1,50m do piso. Nessa missão, o ponto referencial costuma ser um móvel que fica abaixo, como um sofá, uma cama, um aparador ou até mesmo uma mesa de jantar. “Em geral, uma proporção boa é 2/3 do comprimento desse móvel ou da parede, quando estamos falando de ocupar uma parede inteira de um corredor, por exemplo”, assegura a arquiteta.

As composições permitem inúmeras possibilidades de estruturação. O alinhamento clássico, com os quadros do mesmo tamanho e formato são colocados um ao lado do outro de forma organizada e simétrica. Por outro lado, há a galeria em espiral, com o conjunto montado de maneira circular ou oval. Aqui, é possível brincar com os tamanhos, formatos, cores e até incluir objetos decorativos.

Para quem quer deixar de lado a opção do martelo, prego e batidas na parede, existe uma alternativa bem interessante: apoiá-los nas prateleiras ou estantes. Por ser um modo mais prático e rápido, o morador fica à vontade para testar as possibilidades sem medo. “Nesse caso, ouse com as alturas e formatos das telas para dar mais dinamismo”, aconselha Júlia.

Nesse quarto, as telas (Urban Arts) foram apoiadas no mobiliário | Projeto: Liv’n Arquitetura

O home office ganhou uma galeria de fotografias, acervo dos moradores, apoiadas na bancada | Projeto: Liv’n Arquitetura

Com o objetivo de ajudar a visualizar o resultado e dar mais segurança, vale organizar as obras no chão ou em cima da cama. Além disso, a tecnologia é uma aliada importante nesse aspecto. Fazer uma montagem no Photoshop ou em outro software/aplicativo é um artifício valioso nesse processo. Feito isso, simule a disposição dos elementos na parede usando fita crepe ou papeis recortados. “Lembrem-se de medir a distância entre os ganchos e as extremidades das molduras para pendurar tudo na posição correta”, recomenda Júlia Guadix.

Quais ambientes podem receber a gallery wall?

A resposta é simples: toda parede segue a prerrogativa de apoiar as obras de arte, fotografias, objetos decorativos e lembranças de viagens. Sala, cozinha, quarto, varanda, corredor, home office e até o lavabo entram nessa lista.

Nessa cozinha descolada, pequenos quadros (Urban Arts) foram apoiados na prateleira superior | Projeto: Liv’n Arquitetura

Nesse quarto, as telas com lindas paisagens ornamentaram (Urban Arts) o espaço acima da cabeceira | Projeto: Liv’n Arquitetura

“Sempre reforço que para criar uma parede com quadros, fotos ou objetos, basta ter espaço e a intenção de transmitir uma mensagem ou sensação”, finaliza a Júlia.

Sobre Liv’n Arquitetura

Fundado em março de 2016 pela arquiteta Júlia Guadix, o escritório Liv’n Arquitetura tem como objetivo construir, junto aos clientes, um projeto original e personalizado, provocando uma mudança na casa e no estilo de vida de cada um. Com o lema “Vamos transformar o seu espaço no seu lugar favorito no mundo”, a equipe familiar, formada por Júlia e seu irmão Victor, já realizou mais de 15 projetos de reformas. Prezando pelo conforto e modernidade, a profissional é apaixonada pelo estilo simples, acolhedor e atemporal. Sendo assim, elementos como madeira, tijolo, cimento queimado, plantas, tons neutros com pontos de cores definem a maior parte de seu trabalho.

O nome “Liv’n” faz referência à palavra em inglês living, que significa “vivendo”. Seguindo essa concepção que o escritório busca realizar os sonhos dos clientes.

Liv’n Arquitetura

Av. Dr. Cardoso de Melo, 291, São Paulo – SP

(11) 94537 – 0101

www.livn.arq.br

Instagram: @livn.arq

 

 

 

Por Bianca Benfatti

Imagem: Guilherme Pucci

 

 

 

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