Escola para meninas em Moçambique abrigará 250 alunas
Criar um projeto seguro e acolhedor para meninas da região de Moçambique, África, foi o objetivo do concurso promovido pela Archstorming em benefício da ONG Kurandza que busca erguer seu novo centro de ensino, e que teve um time de brasileiros como vencedor. Klaus Schmidt do escritório KAS ARQ à frente do projeto, juntamente com Carolina Souza, Debora Nunes e Juliana Akemi, assinam o trabalho, com previsão de construção para 2023. O novo centro contará com salas de aula, creche, áreas de alimentação, lazer e convívio. Pensado para promover a máxima integração entre alunas e professores, o edifício desenhado em ‘U’ permitirá que as crianças explorem, brinquem e aprendam com mais liberdade, já que seu formato privilegia a fácil supervisão pelos professores.
Para Klaus Schmidt, é um momento “de muita felicidade para toda a equipe; estamos em êxtase com a conquista. É extremamente gratificante contribuir com uma causa tão nobre. Estamos contando as horas para ir à Moçambique ajudar na construção do projeto. Sem dúvidas, um marco em nossas carreiras e em nossas vidas. Não só pela projeção internacional, mas, principalmente, por participar da história da ONG Kurandza”, pontua ao complementar que por meio desse projeto o time conseguiu demonstrar que não há restrições tecnológicas ou financeiras que impeçam um belo resultado arquitetônico. “Vejo-o como uma conquista da ONG e suas 250 alunas. Um motivo de orgulho para elas, suas famílias e todos os moradores da vila de Chivonguene. Que seja um grande passo para o desenvolvimento da educação feminina na região”, conclui Klaus.
Entre as premissas adotadas na concepção do espaço, estão a utilização de materiais de origem local, o emprego de sistemas construtivos simples, a autossuficiência energética e o respeito à natureza e às tradições locais. Desse modo, a sustentabilidade foi bastante contemplada no projeto. Além do formato semicircular que assegura a preservação das árvores existentes, foi prevista a instalação de placas fotovoltaicas para captação de energia solar e a construção de reservatórios subterrâneos para armazenamento e reuso da água de chuva.
O conforto do usuário é garantido pelas estratégias de arquitetura bioclimática, como ventilação e iluminação naturais e refrigeração passiva. Tecidos suspensos no teto, por exemplo, contribuem para a absorção sonora e funcionam como uma câmara de contenção de ar quente. Em termos de conforto, o telhado cria um grande caminho coberto ao redor do edifício que protege as salas de aula da luz solar direta e do calor intenso. Janelas pivotantes e painéis lúdicos ajudam a integrar os espaços internos e externos e permitem o controle de luz e ventilação conforme desejado. Feitos de tábuas de madeira pintadas, esses elementos foram pensados para trazer uma atmosfera lúdica e dinâmica ao centro de ensino.
KAS ARQ
Sobre KAS ARQ
Klaus Schmidt (São Paulo – 1990) tem formação em Artes Plásticas pela Panamericana Escola de Arte e Design, dupla-graduação em Administração e Economia pelo Insper e especialização em Business pela University of St. Gallen, na Suíça. Atuou no mercado financeiro pela Rothschild & Co e empreendeu no varejo até se dedicar integralmente à arquitetura, onde conclui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Baseado em São Paulo, o escritório desenvolve projetos em diferentes áreas e escalas, passando pelo residencial, comercial e corporativo. Todo o processo de criação é colaborativo e comprometido com os desejos do cliente. “Encaramos os projetos com uma ótica que pêndula entre a razão e a arte. Nossas soluções são criativas, ora audaciosas, e sempre inteligentes”, define Klaus Schmidt.
Sobre Kurandza
Kurandza significa “amar” em Changana, a língua local da comunidade que eles servem em Moçambique. Começaram inicialmente como uma cooperativa de costura com um grupo de 12 mulheres que aprenderam sobre alfabetização financeira, saúde e empreendedorismo. Eles executaram muitos programas, tais como uma campanha de ajuda alimentar após a seca e a crise da fome em Moçambique em 2016. Mas ao longo dos anos, eles avaliaram as diferenças entre soluções de curto prazo e impacto de longo prazo, e começaram a reconhecer que quanto mais cedo uma menina recebe apoio em sua vida, mais provável é que seu crescimento, desenvolvimento e impacto na comunidade sejam sustentáveis. Assim, eles mudaram seu foco para a educação e, desde então, elas testemunharam o poder transformador da educação e concentraram seus esforços no fornecimento de bolsas de estudo, recursos e apoio psicossocial para as agora 250 meninas em seu programa. Vindo de origens marginalizadas e vulneráveis, pela primeira vez em suas vidas eles podem sonhar com um futuro brilhante.
Imagem: divulgação
By Jucelini Vilela
—————————————–
Somos o Grupo Multimídia, editora e agência de publicidade especializada em conteúdos da cadeia produtiva da madeira e móveis, desde 1998. Informações, artigos e conteúdos de empresas e entidades não exprimem nossa opinião. Envie informações, fotos, vídeos, novidades, lançamentos, denúncias e reclamações para nossa equipe através do e-mail redacao@grupomultimidia.com.br. Se preferir, entre em contato pelo whats app (11) 9 9511.5824 ou (41) 3235.5015.
Conheça outros de nossos canais do setor:
www.madeiratotal.com.br
www.revistavarejobrasil.com.br
www.megamoveleiros.com.br
www.revistause.com.br