Em meio à correria de nossos compromissos e a movimentação das cidades, incluindo as grandes metrópoles como São Paulo, nossas casas são, cada vez mais, entendidas como nosso ponto de aconchego, refúgio e bem-estar. Mas para que essas sensações sejam, de fato, alcançadas, a decoração precisa traduzir a personalidade dos moradores – não só pela disposição dos ambientes, mas com a presença de objetos que façam sentido à história particular de vida e o convívio estabelecido com as demais pessoas.
É nessa premissa que nos deparamos com o conceito de decoração afetiva, conquistada por meio da utilização de peças de cunho sentimental ou itens de grande valor simbólico dentro do décor de interiores. De acordo com a arquiteta Cristiane Schiavoni, à frente do escritório que leva seu nome, o estilo se conecta automaticamente com a psicologia e o humor de cada um de nós. “Seja por meio de uma foto ou elementos que nos façam recordar de uma viagem, de um momento ou de alguém, nosso eu interior se transporta e transforma aquele minuto que estamos vivendo. É o poder de nos arrancar sorrisos, atenuar a saudade, e nos lembrar de quem realmente somos”, filosofa.
Nesse universo, valem os pequenos adornos comprados em viagens, um presente concedido por alguém muito especial, um porta-retrato, peças de família que atravessam gerações e, até mesmo a inserção de cores, sons e aromas. “Muitas vezes, o significado não é claro para todos. Apenas os envolvidos são impactados pelas reminiscências afetivas presentes”, declara Cristiane.