Projeto do Polo Socioambiental Sec Pantanal mobiliza e gera renda para a comunidade
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O projeto Aquarela Pantanal, que reúne diversas instituições e famílias das comunidades pantaneiras do Mato Grosso de Capão do Angico, em Poconé, e São Pedro de Joselândia, em Barão do Melgaço, foi um dos vencedoeas do XIII Prêmio Hugo Werneck de Meio Ambiente e Sustentabilidade, promovido pela revista Sou Ecológico. A categoria vencedora foi a de “Melhor Exemplo de Mobilização Social”.
O projeto é desenvolvido pelo Polo Socioambiental Sesc Pantanal, que tem entre suas unidades a RPPN Sesc Pantanal – a maior reserva ambiental particular do país. A ação promove a recuperação da riqueza natural de áreas do bioma com a mobilização das comunidades locais que plantam espécies de vegetação típica da região para serem usadas no reflorestamento das áreas degradadas, sobretudo aquelas atingidas pelos incêndios de 2020. Ao mesmo tempo em que ajuda a recompor a flora local, o projeto gera renda para as comunidades que são remuneradas pela venda das mudas.
“Foi com muito orgulho que recebemos mais um prêmio por nossas iniciativas com foco em responsabilidade social. O Aquarela Pantanal é uma iniciativa primorosa que mobiliza e gera renda para famílias de comunidades da área de preservação que mantemos na região. Assim o Polo Socioambiental Sesc Pantanal cumpre sua missão de ser referência em sustentabilidade. É o Sistema CNC-Sesc-Senac ajudando a transformar o país”, comemora José Carlos Cirilo, Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc.
Nessa quinta (02.03), o Polo Socioambiental Sesc Pantanal levou os certificados recebidos com a premiação para serem divididos com a comunidade. A gerente-geral do Polo Ambiental Sesc Pantanal, Cristina Cuiabália, entregou para as viveiristas do Aquarela, em Capão do Angico (MT), os certificados de reconhecimento.
“Entre 117 projetos de todo o país, a única iniciativa do bioma Pantanal premiada foi a Aquarela Pantanal. O prêmio foi simbólico pois, das cinzas dos grandes incêndios de 2020, vimos nascer uma rede de proteção ao Pantanal formada por diversos atores, com muita resiliência, força e união. É um projeto colaborativo, que envolve muitas mãos e corações e estamos muito orgulhosos e gratos pelo reconhecimento”, comentou Cristina Cuiabália.
Segundo a diretora executiva da Wetlands International Brasil e diretora técnico-científica da Mupan, Rafaela Nicola, o prêmio é um indicador de que o trabalho está no caminho certo para compreender cada vez mais a dinâmica das áreas úmidas e quais são as melhores estratégias para promover a conservação. “Esse trabalho só é possível porque mulheres de duas comunidades tradicionais abraçaram a iniciativa com a gente. A Aquarela Pantanal tem essa característica do protagonismo feminino porque as mulheres estão à frente dos viveiros, pesquisa, gestão, execução e planejamento das atividades como um todo”, completou.
Sopro de esperança
Por meio do projeto, foram construídos dois viveiros para produção de mudas nativas dentro das comunidades, que recebem suporte técnico e capacitações, além de uma bolsa para desenvolver o trabalho de viveiristas. Dessa forma, o projeto contempla os três pilares da sustentabilidade: o social, o ambiental e o econômico.
Atualmente, 10 famílias participam diretamente das atividades do projeto e toda a comunidade é beneficiada pelas ações. “A Aquarela Pantanal é um sopro de esperança, não só para os animais e as plantas, que tanto sofreram com o fogo, como também nos traz uma nova força, principalmente nós mulheres. Por causa do projeto, a gente voltou a se movimentar e trabalhar unidas. Isso ajudou a nossa comunidade a enxergar o potencial que tem e o que podemos fazer quando nos unimos”, comemora a viveirista Natalice da Costa.
Para Miriam Amorim, viveirista de São Pedro de Joselândia, o projeto foi um divisor de águas em sua vida. “O projeto mudou minha vida e da minha comunidade. Hoje, temos mais consciência que fazemos parte do meio ambiente e que, cuidando dele, todo mundo se beneficia.”, afirmou a viveirista.
Sobre o Aquarela Pantanal
O projeto “Recuperação de Florestas Ribeirinhas Pantaneiras: beneficiando água, solo, peixes e populações do entorno da RPPN Sesc Pantanal”, também chamado de Iniciativa “Aquarela Pantanal”, é um trabalho construído no coletivo, que envolve a Mupan – Mulheres em Ação no Pantanal, a Wetlands International Brasil, o Polo Socioambiental Sesc Pantanal – uma iniciativa do Sistema CNC-Sesc-Senac, o Centro de Pesquisa do Pantanal (CPP), e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Áreas Úmidas (INAU/UFMT).
Aquarela Pantanal é financiada pelo: 1) Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) por meio do Projeto Estratégias de Conservação, Recuperação e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), com as agências Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como implementador e o Fundo Brasileiro de Biodiversidade (FUNBIO) como executor; 2) DoB Ecology via Programa Corredor Azul da Wetlands International.
By Sugestão Sesc | Mainlingimprensa Imagem: Divulgação
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