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Quatro especialidades da arquitetura aplicadas na Morar Mais

Em Goiânia até o dia 8 de junho, a mostra Morar Mais Goiânia traz especialidades da arquitetura que fazem a diferença como Psicoarquitetura, Neuroarquitetura, Biofilia e Arquitetura Rural

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A arquitetura é arte e técnica de organizar espaços e criar ambientes para abrigar os diversos tipos de atividades humanas, que evoluem de acordo com o contexto geográfico e social. Portanto, é uma disciplina dinâmica que vem evoluindo e ganhando novas especialidades que agregam mais qualidade de vida aos espaços.

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Os ambientes da 10ª Morar Mais Goiânia, que segue até o dia 8 de junho, trazem aplicações destas novas áreas de conhecimento, demonstrando assim um pouco dos novos benefícios práticos que estão à disposição de quem vai construir ou reformar.

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O Banheiro Master, por exemplo, recebeu conceitos da psicoarquitetura, já a Brinquedoteca traz novidades da neuroarquitetura. O Jardim Alma Brasileira explora a biofilia em sua composição e o Ambiente Western apresenta ao público a arquitetura rural.

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Conheça mais sobre as especialidades e confira de perto no evento, aberto ao público de terça a domingo em um casarão histórico do Setor Sul.

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Psicoarquitetura no Banheiro Master

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A psicoarquitetura parte do princípio de que é importante compreender as emoções dos usuários do espaço para se atingir um grau maior de conexão e assertividade dos projetos. Esta foi a premissa das arquitetas Carolina Vencio e Brunna Fernandes ao desenvolverem o banheiro master, voltado para uma persona que vive numa grande cidade e tem uma rotina estressante.

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“São duas ciências, a psicologia e a arquitetura, juntas, para proporcionar um melhor projeto, um projeto que vai além da estética e da funcionalidade: ele passa a ser um projeto com significado”, explica Carolina.

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Ambiente Banheiro Master da 10° Morar Mais Goiânia Divulgação

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Plantas, seixos no piso para relaxar os pés, luz indireta com programação para diferentes cenários, pontos amadeirados e formas curvas para trazer mais sensação de conforto. “A ideia foi fazer com que nossa persona se sentisse abraçada, tivesse sensações positivas e de relaxamento”, explicou Bruna.

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Na psicoarquitetura, explica a dupla, o briefing inicial para se fazer um projeto é direcionado para se descobrir os arquétipos do cliente, e para entender suas necessidades de forma mais aprofundada. “Você consegue um projeto muito mais pertencente, a pessoa se sente realmente no lar, ela entende que cada parede conta uma história, e não é qualquer história, é a sua história, é a história da sua vida”, afirma Carolina.

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Neuroarquitetura na Brinquedoteca

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A Brinquedoteca Verdoca projetada pelas arquitetas Mayara Malagoni, Elisa Justino e Jordana Libanio visa proporcionar uma experiência lúdica, segura, altamente interativa e com uma conexão com a natureza para crianças de 3 a 7 anos. O ambiente explora a neuroarquitetura, que estuda os efeitos de um ambiente no sistema nervoso de um indivíduo.

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A Mayara explica que existem vários estudos sobre o fato de que os ambientes que frequentamos, de curta ou longa permanência, têm impacto muito direto na vida, no comportamento e no bem-estar. “Se o espaço pode interferir em nossas emoções, então podemos projetá-lo para promover sensações positivas”, explicou.

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Ambiente Brinquedoteca da 10° Morar Mais Goiânia Divulgação

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No caso da Brinquedoteca Verdoca, que inclusive está aberta para as crianças que estão frequentando a 10ª Morar Mais com seus pais, o objetivo foi usar os recursos da neuroarquitetura para estimular a aprendizagem e a diversão, por meio principalmente da paleta de cores, a disposição dos espaços, a seleção dos brinquedos, dos materiais e das cores. A intenção foi proporcionar um espaço onde os pequenos possam interagir uns com os outros, longe das telas, resgatando brincadeiras saudáveis.

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“Tudo foi cuidadosamente pensado para estimular nas crianças a criatividade, a aprendizagem e a diversão. Também buscamos projetar um ambiente que promovesse a integração das crianças entre si, outro aspecto fundamental para o desenvolvimento emocional, cognitivo e social das crianças”, destaca Jordana, também autora do espaço.

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Biofilia no Jardim Alma Brasileira

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O projeto Jardim Alma Brasileira está logo na entrada da 10ª Morar Mais Goiânia, trazendo o conceito da biofilia. Conforme o paisagista que assina a arquitetura do ambiente, Ney Laignier, que também é biólogo botânico pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP) e mestre em Biotecnologia pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo (IPT-USP) e Instituto Butantã, a biofilia é um termo que se refere à conexão inata e emocional que os seres humanos têm com a natureza e com outras formas de vida.

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Segundo Laignier, os benefícios da biofilia são diversos e abrangem diferentes aspectos do bem-estar humano. Alguns dos principais benefícios incluem a melhoria da saúde mental, aumento da produtividade e criatividade, melhoria da saúde física e promoção do bem-estar geral.

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Ambiente Jardim Brasileiro da 10° Morar Mais Goiânia Divulgação

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“Esse conceito tem sido explorado em diversas áreas, como arquitetura, psicologia e design de interiores e paisagismo, visando promover ambientes mais saudáveis e equilibrados para as pessoas. Fazendo a reconexão humana, a verdadeira essência da vida”, explica.

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Na arquitetura e no urbanismo, a aplicação da biofilia envolve a criação de espaços que integram elementos naturais, como luz natural, vegetação, água e materiais naturais, visando melhorar o bem-estar e a saúde das pessoas que utilizam esses ambientes. “ Isso pode incluir a incorporação de jardins internos, paredes verdes, uso de madeira e pedra em construções, entre outras estratégias”, cita o paisagista.

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Arquitetura rural e equestre no Ambiente Western*

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O agronegócio é um importante pilar da economia goiana, que está em 3º lugar nacional de produção de grãos e na pecuária no ranking nacional. E a arquitetura pode favorecer o segmento, ensinam as arquitetas Mariana Ferreira e Rubia França, que trouxeram o conceito da arquitetura rural e equestre para apresentar ao público no espaço Ambiente Western.

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“A arquitetura rural, que tem a subespecialidade da arquitetura equestre, é aquela que pensa os espaços onde se desenvolve o negócio rural, desde o escritório, até o estábulo, o curral e galpões, trazendo elementos para trazer a funcionalidade e o bem-estar do animal”, explica Rúbia. Ela explica que esta é uma especialidade que vem crescendo no Brasil, uma vez que o bem-estar do animal gera mais produtividade e rentabilidade para o negócio.

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Na Morar Mais, elas apresentam uma sala de reuniões em estilo Western, para mulheres do agronegócio. “É um espaço que une o rústico com o luxo. Um ambiente preparado para guardar as selas e simultaneamente tomar um drink fechando negócios com investidores”, define Mariana.

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Sobre a Morar Mais

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Sob o comando dos empreendedores Rosana Fernandes e Heitor Pires, mais de 40 profissionais de arquitetura, design de interiores e paisagistas apresentam propostas em 39 ambientes instalados em um casarão histórico do Setor Sul, projetado pelo renomado arquiteto Paulo Mendes da Rocha – ele foi projetista do estádio Serra Dourada, da Rodoviária de Goiânia e do antigo Jóquei Clube da capital, e de outras importantes obras nacionalmente conhecidas, como o Museu da Língua Portuguesa, na capital paulista.

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Além do aspecto funcional, o evento traz também como pilares a brasilidade, a inovação, a inclusão social, a customização na composição de ambientes, e a valorização do profissional no processo como chave para se promover o custo-benefício viável. “Assim como é este profissional quem aponta as tendências, mas sempre adequando-as à personalidade do consumidor para que, deste modo, a casa ou o escritório seja real e prazerosa”, explica a idealizadora e CEO da Morar Mais, Lígia Schuback.

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Serviço:

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O que é: 10ª edição do Morar Mais Goiânia

Quando: até 8 de junho

Local: Rua 124, no setor Sul, ao lado da Clínica do Esporte

Horário: Terça a sexta-feira, das 16h às 22h, e aos sábados, domingos e feriados, das

12h às 22h

Ingresso: R$ 60 (inteira). Venda pelo site do evento ou na bilheteria no local

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By Eduarda Leite | Comunicação Sem Fronteiras

Imagens: Divulgação

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