Para a Roca Brasil Cerámica, a reestruturação tarifária proposta pela Compagas, que iniciará sua vigência a partir do dia 1 de agosto, arrisca a continuidade da operação do segmento industrial no Paraná
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Presente há 72 anos no Paraná, a Roca Brasil Cerámica, empresa pertencente ao grupo mexicano LAMOSA e à frente das marcas Roca Cerámica e Incepa, considera que a proposta de reestruturação tarifária proposta pela Companhia Paranaense de Gás (Compagas) resultará em inúmeros prejuízos tanto para a indústria ceramista que atua no estado, como para a economia e o número de empregos gerados por elas.
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Essa análise decorre da proposta da Companhia Paranaense de Gás (Compagas), empresa privada responsável pela distribuição de gás no Paraná, que extingue a tabela de preços aplicável para o segmento cerâmico, colocando as operações atuantes no estado na mesma régua que outros setores da indústria. De acordo com Sergio Wuaden, managing director da empresa, essa deliberação acarretará em demissões e a consequente diminuição de renda para os paranaenses. “A desqualificação que insere a operação ceramista no mesmo patamar que outras de áreas completamente diferentes será um golpe definitivo para inviabilizar a atuação no Paraná”, explica.
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As questões relativas aos preços praticados pela Compagas são acompanhadas por um longo período de equívocos na definição da política efetivada com a indústria paranaense, uma vez que as tarifas cobradas no estado são, historicamente, as mais altas do Brasil e do mundo. Segundo o managing director, ao longo dos últimos anos o valor acima da média nacional já impactava na competitividade da indústria paranaense no mercado brasileiro e, principalmente para exportação, desincentivando investimentos em atualizações tecnológicas nas fábricas existentes, mas também, afastando a possibilidade de expansões na capacidade produtiva para a construção de novas fábricas.
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Entretanto, ao propor a extinção da tarifa ceramista, que está sob análise da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar), a Compagas deixa para trás todo histórico de negociações e elimina a oportunidade de devolver à indústria cerâmica parte da competitividade perdida nos últimos anos.
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O gás representa 30% do custo total de produção da cerâmica, enquanto que, para outros setores, esse percentual é ínfimo.
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Impacto dos aumentos
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Caso a Agepar aprove a reestruturação tarifária imposta pela Compagas, a Roca Brasil Cerámica e as outras indústrias paranaenses do segmento sofrerão uma elevação na ordem de 7% sobre os valores de gás aplicados. Na composição do novo valor a ser cobrado, a parcela de margem destinada à distribuidora de gás foi acrescida em 22,3%. “Entendemos que há, claramente, espaço para uma redução de margem na ordem de 35%”, avalia Wuaden.
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Ainda de acordo com ele, a conduta da Compagas reforça a miopia estratégica de não reconhecer a importância que o gás exerce para fomentar o desenvolvimento da indústria do estado, eliminando, além dos empregos diretos, boa parte da estrutura econômica no seu entorno que depende da renda gerada através de seu funcionamento. “Essa mudança inviabiliza as expectativas de recuperarmos, como um todo, a força do setor ceramista no Paraná e demonstra a total falta de entendimento sobre o reflexo desta proposta na atuação de nossa indústria”, avalia Wuaden.
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Um histórico de dificuldades
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O histórico da relação entre a Roca Brasil Cerámica e as demais empresas ceramistas com a Compagas é marcado pela falta de compreensão no que diz respeito à relevância do setor para a economia do Paraná. A conversão da matriz energética pelos ceramistas de Campo Largo para o gás natural foi essencial para a viabilização das operações da Compagas, no final da década de 90. “Sem dúvidas, nossa representatividade atuou como a força motriz fundamental para essa execução”, enfatiza o mananing diretor.
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Todavia, com o passar dos anos, essas questões foram esquecidas pela Compagas, tanto quanto as negociações recentes que a distribuidora realizou com a Roca Brasil Cerámica. Em 2021, quando a empresa anunciou a ampliação do parque fabril localizado em Campo Largo, a Companhia Paranaense de Gás concordou em antecipar os benefícios decorrentes da renovação do contrato de concessão, que entra em vigor agora, o que se configurou em uma redução na tarifa como forma de apoiar os investimentos que fortaleceram a economia regional e arrecadação para os cofres públicos estaduais. Porém, ao suprimir o preço destinado aos ceramistas, esta condição foi eliminada. “Sabemos que a Bahia e Santa Catarina seguem ofertando essas condições especiais para as indústrias instaladas em seus estados, enquanto no Paraná corremos o risco de perder essa condição e agravar a situação do nosso segmento”, analisa Wuaden.
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À frente da Roca Brasil Cerámica, ele vê com bastante preocupação o movimento de concentração que conduz ao monopólio da distribuição do gás nas mãos de poucas empresas pertencentes à iniciativa privada. “Esse é um risco iminente que necessita de um olhar assertivo e uma regulação forte e efetiva para a colocação de freios no apetite destas companhias por altas margens.”, enfatiza. “Sem as devidas políticas, as altas tarifas impactarão no desenvolvimento industrial brasileiro, bem como a geração de emprego e renda”, conclui o managing director da Roca Brasil Cerámica.
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Sobre a Roca Brasil Cerámica
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A Roca Brasil Cerámica, à frente das marcas de revestimentos Roca e Incepa, pertence ao Grupo LAMOSA, empresa mexicana de atuação mundial na fabricação e comercialização de revestimentos cerâmicos e adesivos. Com a aquisição, em 2021, passou a integrar uma história de mais de 130 anos na indústria de materiais de construção, com operações em 9 países e 33 centros de produção nas Américas e na Europa. Soma-se também a força do Grupo LAMOSA, que ocupa a posição de líder nos mercados em que participa, sendo o segundo maior fabricante mundial de revestimentos cerâmicos com uma capacidade instalada anual de mais de 280 milhões de m².
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Inovação, tecnologia de ponta, alto padrão de qualidade, que se traduz na satisfação total dos nossos clientes, e visão de futuro, aliada com responsabilidade ambiental, norteiam o DNA da Roca Brasil Cerámica e a consolida com a robustez de empresa global reconhecida como referência entre as maiores fabricantes de revestimentos cerâmicos do mundo.
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O constante investimento em tecnologia a permite entregar um robusto portfólio que segue as tendências da arquitetura e construção em total conformidade técnica. Marcada por seu pioneirismo e uma visão que projeta o futuro, em 2016 tornou-se a primeira empresa das Américas a adquirir sua primeira supercompactadora Contínua+. Somada ao conhecimento do seu time de desenvolvimento, em 2018 abriu o mercado de Superformatos com revestimentos nas dimensões de 120 x 120 cm, e a partir de 2020 nos tamanhos 100 x 200 cm e 120 x 250 cm, uma verdadeira revolução na indústria cerâmica e no mercado da arquitetura e construção.
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Em 2022, saiu à frente mais um marco histórico: a compra de sua segunda supercompactadora – com o início da operação no segundo semestre de 2023 –, alcançando o status de única empresa das Américas com o segundo equipamento. Esse olhar precursor permitiu ampliar as linhas de Superformatos com as medidas de 160 x 160 cm e 160 x 320 cm, capazes de atender, além das obras, o segmento moveleiro.
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Sustentabilidade: seu compromisso com o meio ambiente segue alinhado com os processos produtivos: em 2019, tornou-se a primeira indústria nacional de revestimentos cerâmicos a investir na Análise do Ciclo de Vida (ACV), estudo que monitora os impactos de sua produção. Entre as melhorias conquistadas com esse trabalho, entre os anos de 2021 e 2022, estão a redução do consumo de água por m² em 3%; diminuição do consumo de energia em 5%; destinação de 95% dos resíduos gerados nas fábricas para fins nobres (reuso ou reciclagem); extinção do coque de petróleo sendo substituído pela biomassa, um combustível renovável.
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@rocaceramicabr | @incepabrasil
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Showroom Roca Brasil Cerámica
Av. Padre Natal Pigato, 974
Vila Delurdes, Campo Largo
Tel. (41) 3391-1430
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By Glaucia Ferreira | Comuniquese2
Imagem: Créditos R Buhrer
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