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Nara Roesler São Paulo apresenta a exposição “Isaac Julien – Lina Bo Bardi – A Marvellous Entanglement – Photographs & Collages”

A Nara Roesler São Paulo tem o prazer de apresentar, a partir do dia 29 de março de 2025, às 11h, a exposição “Isaac Julien – Lina Bo Bardi – A Marvellous Entanglement – Photographs & Collages” traz 20 obras, 16 delas totalmente inéditas – derivadas do filme “Lina Bo Bardi – A Marvellous Entanglement” (2019), em que Lina Bo Bardi (1914-1992) é representada por Fernanda Montenegro e Fernanda Torres. O texto crítico é de Solange Farkas, fundadora da Associação Cultural Videobrasil, em 1991, e curadora de diversas bienais e exposições.

 “Lina Bo Bardi – A Marvellous Entanglement – Photographs & Collages” é a terceira individual feita na Nara Roesler pelo cineasta e artista britânico Sir Isaac Julien (1960). As anteriores foram “Playtime”, em 2014, e “Scopic Landscapes”, em 2012, na Nara Roesler São Paulo. As obras do artista integraram ainda as coletivas “Ao que vai nascer”, em 2022, e “Metrópole”, em 2017, também na Nara Roesler São Paulo, e “Human Ecology”, em 2016, na Nara Roesler Nova York.

As novas colagens do cineasta e artista britânico Sir Isaac Julien (1960), apresentadas pela primeira vez, se destacam pelo uso singular das cores, evocando diversos motivos poéticos e ecológicos na obra de Lina Bo Bardi. Abaixo, imagem da obra de Isaac Julien “Um Maravilhoso Emaranhado / A Marvellous Entanglement (Lina Bo Bardi – A Marvellous Entanglement”, 2019, fotografia em papel Ilford galerie smooth pearl renaissance-pollerwachs e metacrilato, com 180 x 240 x 7,5 centímetros.

A mostra na Nara Roesler ocorre simultaneamente à exibição inédita no Brasil, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), da videoinstalação, com nove telas, do filme “Lina Bo Bardi – A Marvellous Entanglement”, de Isaac Julien, no novo anexo do Museu, o edifício Pietro Maria Bardi.

Desse modo, o público poderá ter contato com cenas complementares do mesmo trabalho de Julien. Tanto no filme como nas fotografias e colagens, Lina é representada em diferentes estágios de sua vida por Fernanda Montenegro e Fernanda Torres. No filme, as atrizes lêem textos adaptados dos escritos da arquiteta ítalo-brasileilra, envolvendo os espectadores em uma narrativa que se baseia em uma

citação de Lina Bo Bardi “O tempo não é linear, é um maravilhoso emaranhado no qual, a qualquer momento, fins podem ser escolhidos e soluções inventadas, sem começo nem fim”.

“EMARANHADO ARTÍSTICO”
Solange Farkas destaca em seu texto que “Julien também cria, em sua obra,um emaranhado artístico no qual a mistura de linguagens, por um lado, e de culturas, por outro, não surge gratuitamente, mas com o rigor de quem aponta caminhos originais e cria soluções pouco óbvias para os desafios da arte e da vida em nosso Sul”. “Não se verá aqui, portanto, uma análise histórica ou um comentário crítico sobre a produção da arquiteta. O que se tem é uma obra poética que dá sequência às pesquisas de Julien – seja no experimentalismo no manejo da linguagem audiovisual, seja nas temáticas políticas, sociais e étnicas– e ao seu interesse naquilo que já chamou, certa vez, de uma ‘poética do político’”, afirma a diretora da Videobrasil. Ao lado, imagem da obra de Isaac Julien “Um Maravilhoso Emaranhado / A Marvellous Entanglement (Lina Bo Bardi), 2019, impressão jato de tinta sobre papel Ilford goldfibre gloss, com 90 x 110 centímetros.

 SALVADOR E SÃO PAULO: LEGADO DE LINA
O filme percorre alguns dos edifícios mais icônicos de Lina Bo Bardi, oferecendo uma meditação sobre o legado da arquiteta. O trabalho é inspirado nas histórias oficiais e em histórias sobre a vida de Bo Bardi, que ao casar com Pietro Maria Bardi no pós-guerra, mudou-se, em seguida, para oBrasil. Aqui ela encontrou os elementos que impactaram permanentemente sua atuação profissional e visão de mundo,sentindo-se impelida a incorporar o espírito criativo das culturas populares brasileiras em sua prolífica e sofisticada produção, que inclui edificações, móveis, joias e cenários teatrais, assim como uma potente reflexão teórica.Ao todo, as gravações ocorreram em sete locais projetados pela arquiteta, sendo quatro em Salvador – Museu de Arte Moderna da Bahia, Restaurante Coaty, Casa do Benin e Teatro Gregório de Mattos – e três em São Paulo: Museu de Arte de São Paulo (MASP), Sesc Pompeia e Teatro Oficina.

Participam também da produção bailarinos do Balé Folclórico da Bahia, com coreografia de Zebrinha, diante da icônica escada de madeira do Museu de Arte Moderna da Bahia [ao lado, imagem da obra de Isaac Julien “O que é um Museu, Ato II / What is a Museum, Act: II [Lina Bo Bardi – A Marvellous Entanglement”, 2019, impressão jato de tinta sobre papel Ilford gold fibre gloss, com 110 x 135 cm], e o coletivo Araká, com performances no edifício onde funcionou brevemente o restaurante Coaty, localizado na Ladeira da Misericórdia, também na capital baiana e que futuramente abrigará a sede da associação cultural Pivô em Salvador.

Em abril de 2025 um livro sobre a série será lançado pela Yale University Press durante a celebração da inauguração do novo prédio do Yale Center for British Art. Na publicação, Julien combina elementos da videoinstalação, trabalhos da série fotográfica e uma rica seleção de materiais de arquivo, oferecendo uma compreensão mais profundade Bo Bardi e de sua influência. O livro inclui ainda um ensaio da teórica Giuliana Bruno, um relato dos bastidores do projeto pelo curador e acadêmico Mark Nash e uma conversa entre Julien e membros do coletivo Araká.

A instalação de nove telas “Lina Bo Bardi – A Marvellous Entanglement” foi exibida em diversas ocasiões ao redor do mundo, incluindo na Victoria Miro em Londres, (2019); no MAXXI – Museu Nacional das Artes do Século XXI, Roma (2021); Bechtler Museum of Modern Art, Charlotte, Carolina do Norte, EUA (2022); Museu de Arte da Filadélfia, Filadélfia, EUA (2023); Yale Architecture Gallery, New Haven, Connecticut, EUA (2023) e em 2023, a videoinstalação foi exibida no Tate Britain, em Londres, como parte da exposição retrospectiva dedicada a Isaac Julien, “What Freedom Is To Me”, que depois itinerou para o K21 Museum em Düsseldorf, Alemanha, e para o Bonnefanten Museum em Maastricht, Holanda.

Outras individuais de Isaac Julien no Brasil foram realizadas no Instituto de Arte Contemporânea de Inhotim, em Brumadinho, Minas – “Looking for Langston” , em 2022 – e  no Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC-Niterói) – “Ten Thousand Waves”, em 2016.

SOBRE ISAAC JULIEN
Nascido em 1960, Isaac Julien vive e trabalha em Londres, e Santa Cruz, Califórnia. Há mais de quarenta anos, ele faz filmes e produz instalações cinematográficas, incluindo “Once Again… (Statues Never)”, de 2022, “Lina Bo Bardi – A Marvellous Entanglement” (2019), Lessons of the Hour – Frederick Douglass (2019), Stones Against Diamonds (2015), PLAYTIME (2014), Tem Thousand Waves (2010), Western Union: Small Boats (2007), Fantôme Afrique (2005), True North (2004), Baltimore (2003), Paradise Omeros (2002), Vagabondia (2000) e Long Road to Mazatlan (1999).

Suas exposições individuais e coletivas mais recentes incluem: Isaac Julien: Lessons of the Hour, MoMA, Nova York, EUA; Isaac Julien: Once Again… (Statues Never Die), Bienal do Whitney, Whitney Museum of American Art, EUA; Isaac Julien: Ten Thousand Waves, Espace Louis Vuitton Osaka, Japão; Entangled Pasts, 1768 – now, Royal Academy, Londres, Reino Unido; Isaac Julien: Lessons of the Hour – Frederick Douglass, Tang Teaching Museum,Nova York, EUA; A Model, Mudam – The Contemporary Art Museum of Luxembourg; Soulscapes, Dulwich Picture Gallery, Londres (2024); Isaac Julien: What Freedom Is To Me, Tate Britain, Londres, itinerando para K21, Alemanha, e Bonnefanten Museum, Maastricht, Países Baixos (2023-2024); Isaac Julien: Lessons of the Hour – Frederick Douglass, National Portrait Gallery e Smithsonian American ArtMuseum, Washington, D.C., EUA; Isaac Julien: Lessons of the Hour – Frederick Douglass, Jordan SchnitzerMuseum of Art, Oregon, EUA; I Am Seen…Therefore, IAm: Isaac Julien and Frederick Douglass, Wadsworth Atheneum Museum of Art, Connecticut, EUA; Isaac Julien: Playtime, Palais Populaire, Alemanha; Isaac Julien: Lina Bo Bardi – A Marvellous Entanglement, Philadelphia Museum of Art, Filadélfia, EUA; Isaac Julien: Lina Bo Bardi – A Marvellous Entanglement, Yale School of Architecture, Connecticut, EUA (2023); Isaac Julien: Once Again… (Statues Never Die),  Barnes Foundation, Filadélfia, EUA; Isaac Julien: Lessons of the Hour – Frederick Douglass, Virginia Museum of FineArts, EUA; Isaac Julien, Goslar Kaiserring, Mönchehaus, Museum, Goslar, Alemanha; Details of Regeneration: Black Cinema 1898 – 1971, Academy Museum, Los Angeles, EUA; Life Between Islands: Caribbean-British Art 1950s-Now, Tate Britain, Londres, itinerando para Art Gallery of Ontario, Toronto, Canadá (2022-2023); Isaac Julien: Lessons of the Hour, Smith College Museum of Art, Northampton, EUA; Isaac Julien: Lessons of the Hour, McEvoy Foundation for the Arts, São Francisco, EUA (2021); Isaac Julien: Lina BoBardi – A Marvellous Entanglement, MAXXI, Roma, Itália (2020), itinerando para Bechtler Museum of Modern Art, Charlotte, NC, EUA; Galeria Helga de Alvear, Madri; Roslyn Oxley9 Gallery, Sydney, Austrália (2021-2022); Isaac Julien: Western Union: Small Boats, Neuberger Museum, Nova York; Masculinities: Liberation through Photography, Barbican Art Gallery, Londres, itinerando para Martin-Gropius-Bau, Berlim, entre outros (2020); Baltimore, Baltimore Museum of Art(2019-2020); Isaac Julien: Frederick Douglass: Lessons of the Hour, SCAD Museum of Art, Savannah, EUA (2019); Looking for Langston, Tate Britain, Londres (2019); Playtime, LACMA, Los Angeles, EUA (2019); Black Refractions: Highlights from the Studio Museum in Harlem, Gibbes Museum, Charleston, EUA(2019). Também em 2019, Playtime foi apresentada no programa inaugural da Ruby City, Texas, EUA.

Anteriormente, Julien teve exposições individuais em instituições como ARoS Aarhus Kunstmuseum, Dinamarca (2018); The Whitworth, Manchester (2018); Royal Ontario Museum, Toronto (2017); MAC Niterói (2016); MUAC (Museo Universitario Arte Contemporáneo), Cidade do México (2016); DePont Museum, Países Baixos (2015); Museum of Modern Art, Nova York (2013); Art Institute  of Chicago (2013); Museum of Contemporary Art, San Diego (2012); Nasjonalmuseet, Oslo (2012); Bass Museum, Miami, Flórida, EUA (2010); Museum Brandhorst, Munique (2009); Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, Lisboa (2008); Kestnergesellschaft Hanover (2006); Centre Pompidou, Paris (2005); e MoCA Miami (2005).

Em 2023, Julien figurou no quinto lugar da lista Power100 da Art Review.Em 2022, foi nomeado Cavaleiro nas Honras de Aniversário da Rainha Elizabeth II pelo Jubileu de

Platina e recebeu o renomado Prêmio Kaiserring Goslar. Em 2019, Julien foi nomeado professor da Universidade da Califórnia, Santa Cruz. Junto com o curador independente e escritor Mark Nash, ex-diretor de arte contemporânea do Royal College of Art, em Londres, ele desenvolveu o Isaac Julien Lab no campus da UC Santa Cruz. O laboratório oferece aos alunos a oportunidade de auxiliar Julien e Nash na pesquisa de projetos e na produção de obras em imagem em movimento e fotografia, tanto na Califórnia quanto em Londres.

Em 2017, Julien foi nomeado Comandante da Ordem do Império Britânico (CBE) por seus serviços às artes na Lista de Honras de Aniversário da Rainha e recebeu o Prêmio Charles Wollaston da Royal Academy of Arts.

SOBRE NARA ROESLER
Nara Roesler é uma das principais galerias brasileiras de arte contemporânea, representando artistas brasileiros e internacionais fundamentais que iniciaram suas carreiras na década de 1950, bem como artistas consolidados e emergentes cujas produções dialogam com as correntes apresentadas por essas figuras históricas. Fundada por Nara Roesler em 1989, a galeria tem consistentemente fomentado a prática curatorial, sem deixar de lado a mais elevada qualidade da produção artística apresentada. Isso tem sido ativamente colocado em prática por meio de um programa de exposições criterioso, criado em estreita colaboração com seus artistas; a implantação e estímulo do Roesler Curatorial Project, plataforma de iniciativas curatoriais; assim como o contínuo apoio aos artistas em mostras para além dos espaços da galeria, trabalhando com instituições e curadores. Em 2012, a galeria ampliou sua sede em São Paulo; em 2014 expandiu para o Rio de Janeiro e, em 2015, inaugurou um espaço em Nova York, dando continuidade à sua missão de oferecer a melhor plataforma para seus artistas apresentarem seus trabalhos.

 Serviço: Exposição “Isaac Julien – Lina Bo Bardi A Marvellous EntanglementPhotographs & Collages
Abertura: 29 de março de 2025, às 11h
Até: 24 de maio de 2025
Entrada gratuita

Nara Roesler, São Paulo
Avenida Europa, 655
Segunda a sexta, das 10h às 19h
Sábado, das 11h às 15h
Telefone : 55 (11) 2039 5454
info@nararoesler.art
https://nararoesler.art/
Instagram – @galerianararoesler
Facebook – @GaleriaNaraRoesler
YouTube – https://www.youtube.com/user/galerianararoesler

 

By CWeA Comunicação
Foto: Divulgação

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