Paulo Mancio
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Inicialmente quero registrar que estar novamente com vocês aqui na revista USE DESIGN é um grande prazer! Desejo a todos um maravilhoso e abençoado 2023, com muito amor, saúde e paz, e que todos possam viajar, viver experiências positivas, conhecer novos lugares e pessoas, porque esta é, de fato, a essência da vida.
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Atualmente, uma das maiores virtudes econômicas que o Brasil preserva é o turismo. Esta atividade envolve milhares de pessoas, empresas e performances infinitas. Na atividade hoteleira que é um dos tripés do turismo, observo que após a grande circunstância que a pandemia do Covid-2019 nos impôs, tivemos um segundo semestre de 2022 e já este início de 2023 com resultados pujantes, vivendo o famoso “efeito mola”, onde todas as ações que ficaram represadas, expandiram-se de forma gigante neste período.
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Segundo o Índice de Atividades Turísticas, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicados neste mês de janeiro; em novembro de 2022 o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 11,8%, na comparação com o ano anterior. Os números foram impulsionados, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam com locação de automóveis; transporte aéreo; serviços de bufê; restaurantes; e transporte rodoviário coletivo de passageiros. Em termos regionais, dez das doze unidades da federação investigadas apontaram avanço nos serviços voltados ao turismo. Os destaques foram para São Paulo (16,2%), Minas Gerais (26,4%), Paraná (15,9%), Rio Grande do Sul (15,0%) e Rio de Janeiro (4,4%). Apesar da comparação com o mês anterior (outubro) apontar uma variação negativa de 0,1%, a movimentação financeira registrada no mês de novembro alcançou 97,5% do patamar pré-pandemia de Covid-19 (fevereiro de 2020), demonstrando a recuperação progressiva do setor.
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No indicador acumulado de janeiro a novembro de 2022, o índice de atividades turísticas apresentou expansão de 32% frente a igual período do ano anterior. O número foi impulsionado pelo aumento na receita de empresas dos ramos de transporte aéreo de passageiros; restaurantes; hotéis; locação de automóveis; transporte rodoviário coletivo de passageiros; e serviços de bufê. No quesito regional, o acumulado do ano mostra taxas positivas em São Paulo (39,1%), Minas Gerais (51,9%), Rio de Janeiro (16,3%), Rio Grande do Sul (40,1%) e Bahia (26,0%). A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), no qual o Índice de Atividades Turísticas faz parte, produz mensalmente indicadores que possibilitam acompanhar o comportamento do setor de serviços, incluindo o Turismo. A Pesquisa também apontou que o setor de serviços no Brasil está 10,7% acima do nível pré-pandemia (comparativo que leva em conta o mês de fevereiro de 2020).
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Com estes dados, percebemos que este “novo normal” nos trouxe evidentemente novos hábitos, costumes, ideias, comportamentos e reflexões. Nos deu de presente atitudes e relações mais humanas, e, portanto, este arcabouço que chamamos de experiência de viagem deverá estar preparado para estes novos conceitos. Mas você deve estar se perguntando: quais são estes novos conceitos? No que tange a arquitetura, considerar a idade e construções da cidade, e da existência de objetos arquitetônicos que transcendem o tempo e continuam emocionando as pessoas, como a Torre Eiffel, as Pirâmides do Egito, o Museu do Amanhã no Rio de Janeiro e tantos outros mundo afora. A sintonia do espaço construtivo e o entorno é parte fundamental. A funcionalidade. A nossa obrigação de considerar sobretudo, a necessidade da satisfação dos usuários, oferecendo o maior número possível de opções que cada indivíduo possa ter na diversidade. Quanto ao mobiliário e decoração falamos da humanização da utilização, e é por isso que o processo de criação destas peças se dá de dentro para fora, como a surpresa do recheio de um lindo bolo, que também deverá surpreender, tanto quanto sua imagem externa.
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Quanto ao atendimento, as ferramentas digitais que foram aceleradas durante o período de 2019, 2020 e 2021 são fundamentais, tanto quanto a questão da ampliação da disponibilidade de itens para assepsia das mãos, atendendo este novo hábito da humanidade, além claro, da conectividade, do conforto visual e físico, da possibilidade de áreas de lazer mesmo em hotéis econômicos por exemplo, e segurança como um todo, tendo áreas de conectividade ampliadas, tais como piscina, restaurante, áreas próximas a praia, no hall, centro de convenções, no bar, corredores, sem esquecer do conforto e ergonomia para tais atividades junto do celular ou tablet, que quase ninguém abre mão hoje em dia; merecem também toda nossa atenção. Para finalizar, unindo a todas as questões acima, aquela que foi a sigla mais procurada no Google nos últimos períodos, a ESG (Environmental, Social, and Corporate Governance). E se há algo que eu gostaria de pedir a todos é que façam o uso desta, que não é apenas uma tendência ou moda, mas sim uma realidade que vai nos ajudar a construir o hoje e um futuro melhor para todos: precisa fazer parte da nossa cultura, do nosso dia a dia, para tudo o que formos realizar.
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E se você chegou até aqui para saber o que penso sobre o futuro do nosso setor, digo sem delongas: o futuro é muito promissor, e cabe a nós, profissionais da hospitalidade fazer a nossa parte, construindo-o em sintonia com o ESG, que é irrefutável, conduzidos pelo que procede da lógica, pelo racionalismo, que por sua vez se mistura a uma tendência emocional e nos conduz a organicidade, ao humano, ao sentir, ao vibrar felicidade. E reforço: o que me seduz na arquitetura e design é a pluralidade e a capacidade de mudar a vida das pessoas; eis como enxergo e sinto todo o processo evolutivo da hotelaria.
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Paulo Mancio
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Vice-presidente Sênior de design e construção, engenharia, desenvolvimento e sustentabilidade técnica. Membro do Conselho Diretivo do Green Building Council Brasil. Membro do Conselho do World Trade Center Curitiba – Joinville. Criador e curador do curso Programa: Hospitality Design @programahospitalitydesign. Também criador e curador do maior evento de hospitalidade da América Latina: Accor Design & Technical Summit.
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By Paulo Mancio com exclusividade para USE DESIGN
Imagem: Divulgação
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