Peças do gravunista estão à venda na Trapézio Galeria
Além de surpreender a cada criação, Evandro Carlos Jardim – que é um dos principais nomes da gravura paulista reconhecido por sua técnica e criações – evoca sensações únicas àqueles que contemplam suas peças. Por meio de um olhar singular e de um cuidado técnico na execução dos seus trabalhos, representa o cenário urbano de São Paulo e temas cotidianos, bem como a atmosfera campestre – árvores, pássaros, cavalos e elementos naturais – em suas criações.
Artista completo, Jardim estudou modelagem e escultura na Escola de Belas Artes de São Paulo, além de gravura em metal – que se tornou o foco das suas obras. Anos depois, vieram o mestrado e o doutorado na universidade que é referência na América Latina: a Escola de Comunicação e Artes de São Paulo (ECA-USP), orientado por grandes críticos e historiadores de arte: Aracy Amaral e Walter Zanini, respectivamente.
Altruísta, seus dons e conhecimentos passaram a ser compartilhados com outras pessoas. Assim, passou a assumir duas importantes posições na sociedade: artista e professor. Na década de 1960 começou a lecionar para o ensino secundário, atuando como professor de desenho. Anos depois, retornou a Belas Artes, mas, dessa vez, para assumir o cargo de educador universitário, dando aulas de gravura. Teve, também, experiências na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e na ECA-USP.
Não à toa, Jardim ficou conhecido como o criador da escola paulista de gravura. Desenvolveu seu trabalho artístico primordialmente no campo da gravura em metal, da técnica da água-forte, mas também com desenho e pintura. Ao longo de sua carreira, o artista realizou diversas exposições, individuais e coletivas, e recebeu vários prêmios por suas obras. Entre as exposições e prêmios, estão:
Prêmios:
– 1956: 1º Prêmio em Gravura e Menção Honrosa em Desenho, XI Salão do Centro Acadêmico da Escola de Belas Artes de São Paulo;
– 1957: 1º Prêmio em Gravura, Prêmio Viagem a Salvador;
– 1958: 1º Prêmio em Gravura, XIII Salão do Centro Acadêmico da Escola de Belas Artes de São Paulo;
– 1965: Prêmio de Aquisição – gravura – 1º Salão de Arte Contemporânea de Campinas, São Paulo;
– 1966, Prêmio de Aquisição no 2º Salão da Jovem Gravura Nacional, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.
Exposições individuais:
– 1966: Galeria Ponto de Encontro, na Galeria Metrópole, São Paulo;
– 1973: “À Noite, no Quarto de Cima, Cruzeiro do Sul, Lat. Sul 23º 32′ 361′, Long. W. Gr. 46º 37′ 59′: gravuras e objetos de Evandro Carlos Jardim”, Teatro Carlos Gomes, Vitória e no MASP, em São Paulo;
– 1976: “Figuras da margem”, Galeria Seta, São Paulo
– 1983: “Evandro Carlos Jardim”, Pinacoteca do Estado, São Paulo;
– 1994: “Evandro Carlos Jardim: gravuras”, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro;
– 1997: “Evandro Carlos Jardim: gravuras”, Escritório de Arte Lúcia Ferreira Carvalho, São Paulo;
– 2001: “Gravuras de Evandro Carlos Jardim”, UCBEU, Belém;
– 2005: “Gravuras de Evandro Carlos Jardim”, Instituto Moreira Salles (IMS), São Paulo.
O gravurista ainda apresentou seu trabalho em inúmeras exposições coletivas, em diversos museus, galerias e espaços culturais, dentro e fora do País. Locais como o MAM, Bienais Internacionais de São Paulo, Pinacoteca do Estado de São Paulo, MASP, Bienal de Artes Gráficas de Veneza (Itália), MoMA (EUA), Biennalle Internazionale della Gráfica d’Arte de Firenze (Itália), Exposição de Gravura em Mannheim (Alemanha), entre outras.
Atualmente, algumas de suas obras são vendidas na Trapézio Galeria.
Confira:
Sem título [Série ‘Jaraguá, sinais: manchas e sombras’]
Sem título [Série ‘Jaraguá, sinais: manchas e sombras’]
Sem título [Série ‘Uma revista da praia’]
Sem título [Série ‘Abril / 2 figuras’]
Valo Velho
Trapézio Galeria
www.trapeziogaleria.com
Por Carolina Prado
Imagens: Divulgação
