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Claudia Novaes reúne dicas sobre mobiliário para bares, restaurantes e padarias

Conforto, durabilidade e estética andam lado a lado na hora de especificar as peças, conforme das dicas da arquiteta à frente do escritório CNdois Arquitetura

O mobiliário de um restaurante deve traduzir a essência do estabelecimento – como fez Claudia Novaes nesse projeto do restaurante Apó, que preza por um mood simples e original| Foto: Marcelo Magnani

Seja para garantir conforto para os clientes ou até para reforçar a estética do estabelecimento, a escolha correta de um mobiliário para bares, restaurantes e padarias influencia diretamente na experimentação do espaço. “O mobiliário impacta até mesmo a receita do estabelecimento, determinando a quantidade de lugares e rotação de pessoas”, diz a arquiteta Claudia Novaes, especialista em arquitetura gastronômica e à frente do escritório CNdois Arquitetura. Para ajudar nessa escolha, Claudia Novaes reuniu dicas sobre o assunto. Confira:

Entenda o perfil do estabelecimento

Aqui, o restaurante Bodogami, com boardgames, projetado por Claudia Novaes ganhou mesas amplas que pudessem comportar tanto os jogos, quanto os pratos. Foto: Marcelo Magnani

Segundo a arquiteta Claudia Novaes, um dos primeiros pontos a se considerar quando se fala de mobiliário de restaurante é o ticket médio. Restaurantes com um alto ticket médio – ou seja, um valor alto gasto por pessoa nos pedidos – são considerados de alto padrão. “Para esses casos, os mobiliários podem ser maiores e mais confortáveis, permitindo que os clientes passem mais tempo ao redor da mesa”, afirma. Já para restaurantes com menor ticket médio, a especialista indica mobiliários mais simples e menores, para garantir maior rotatividade. Seguindo essa lógica, poltronas e sofás são utilizados com mais recorrência em estabelecimentos de alto padrão.

De olho nas cores e materiais

Para Claudia Novaes, as cores são essenciais para trazer a identidade visual até mesmo no mobiliário. Junto com elas, a madeira é uma aposta sem erro. Fotos: Marcelo Magnani

Um mobiliário bem escolhido também tem o papel de comunicar uma identidade visual, uma marca. “Seu estilo deve entender e respeitar o conceito do projeto do estabelecimento, ajudando a criar o clima desejado”, afirma Claudia Novaes. Para isso, as cores têm extrema importância, influenciando na percepção dos clientes sobre o espaço. “Coerência é a palavra-chave. Os tons e materiais devem fazer sentido com a identidade visual do estabelecimento, sendo mais sóbrias, ousadas ou jovens de acordo com o público que ali frequenta”, explica.

Claudia Novaes apostou em um mix de materiais e estilos ao projetar o Apó, criando uma composição com muita personalidade. Foto: Marcelo Magnani

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VEJA: Escritório Bottanic Lago ganha projeto da Cité Arquitetura que une a contemporaneidade paulistana à descontração carioca

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De maneira geral, os materiais para um mobiliário gastronômico também devem prezar pela resistência, já que terão um uso intenso e diário. “Móveis de madeira com acabamento PU são os mais recomendados, pela durabilidade. Tampos de madeira e mármore também são ótimos, mas seus cantos devem ser boleados, para evitar quebra”, afirma a arquiteta do Cn Dois. Em caso de peças estofadas, indicadas para estabelecimentos em que se deseja que o cliente permaneça mais tempo, os tecidos mais indicados são os courinos ou os sintéticos com base em poliéster. “Esses materiais são mais duráveis e pensados para alto fluxo. Deve-se fugir sempre das bases em algodão, pois mancham com facilidade”, indica Claudia Novaes. Restaurantes de alto padrão podem se aventurar por uma diversidade maior de tecidos, mas sempre levando em conta que a manutenção será maior.

Em caso de estabelecimentos com peças na área externa, Claudia Novaes indica a busca por mobiliários específicos, próprios para ambientes abertos. “Eles devem resistir ao vento, sol e chuva, sendo 100% próprios para área externa”, alerta. Os principais materiais são os de alumínio, ferro com pintura anodizada e madeiras especiais, mas existem até mesmo sofás e estofados propícios para esses ambientes, com tecidos náuticos.

Em áreas externas, Claudia Novaes indica o uso de materiais resistentes às intempéries. No restaurante Apó, a rusticidade trouxe ainda mais aconchego. Foto: Marcelo Magnani

“Na hora da escolha, a durabilidade é uma questão muito importante, pois mobiliários de restaurante são peças que se estressam por mais tempo, com pessoas sentadas por muitas horas e com grande rotatividade”, relembra a arquiteta. Por isso, a principal dica é sempre optar por mobiliários pensados para o uso comercial, vindos de fornecedores especialistas no ramo gastronômico.

Cuidados com tamanho e ergonomia

O conforto é essencial quando se fala de mobiliário. Aqui, as banquetas acompanham uma mesa mais alta, para momentos mais descontraídos. Claudia Novaes também especificou mesas baixas, para maior conforto. Foto: Marcelo Magnani

Impossível falar de mobiliário para bares, restaurantes e padarias sem considerar o conforto – afinal, a experiência do cliente no estabelecimento deve ser agradável, seja para um local de refeições rápidas, seja para um restaurante que visa encontros longos. “Em todos os casos existem algumas regras básicas, pensadas na ergonomia. Quando falamos de mesas, a altura deve ter em torno de 75 cm, ao passo que a largura é questionável de acordo com o tipo de negócio”, explica a arquiteta Claudia Novaes, que indica o uso de mesas de 70 x 70 cm, pensadas para duas pessoas. “Prefiro dar a possibilidade de juntar duas ou mais mesas, quando necessário, do que criar uma peça grande. Assim o layout não fica rígido”, opina.

Agora, quando o assunto são as cadeiras, Claudia Novaes explica que o assento deve ter no máximo 50 cm de altura, para priorizar o conforto. “Em caso de composições de cadeiras e sofás, é importante se atentar que todos tenham a mesma altura, para não haver desnível entre quem está sentado na cadeira, e quem está no estofado”, alerta. Cadeiras com quatro pés são as mais estáveis e transmitem segurança, e as com braço são sempre indicadas para restaurantes com refeições mais longas. “Importante também sempre considerar também peças com inclinação no encosto, acomodando melhor a coluna”, indica.

Sobre a Cn Dois Arquitetura:

Fundado em 2013, a arquiteta Claudia Novaes percebeu que o mercado tinha dificuldade em oferecer soluções completas onde o cliente pudesse ter seu projeto gastronômico realizado do início ao fim em um único lugar. Com uma equipe profissional e que cresceu gradativamente para atender as demandas trazidas a cada novo cliente, o time está em constante evolução e trabalha arduamente para superar as expectativas de cada cliente, sempre aprimorando conhecimento, estudando novas tendências e otimizando os processos para oferecer a melhor solução.

https://cndois.com.br/

@cndois

 

 

Por Marcela Millan

 

 

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