Os lustres impactantes estão de volta ao décor, com a vocação de serem os protagonistas dos ambientes. Eles podem ser destaque tanto em ambientes residenciais, como corporativos
Projeto Gislene Lopes: O pé direito duplo foi evidenciado pelo impactante lustre escolhido. Foto: Jomar Bragança
Os lustres estão com tudo na decoração, principalmente os mais impactantes que se destacam no ambiente. É preciso, porém, saber como harmonizar o restante do décor para que o layout não fique sobrecarregado.
Segundo a arquiteta e designer de ambientes Gislene Lopes, para o lustre ser o protagonista é necessário que o ambiente seja limpo e sem excessos. Dessa forma, ele terá o seu devido destaque. “É importante, também, estar ciente do efeito de iluminação do lustre a ser utilizado para que o restante da iluminação trabalhe em conjunto com ele. Em ambientes maiores, com vãos sem muitos elementos como, por exemplo, um hall de edifício ou pé-direito duplo, pode-se aproveitar ainda mais o espaço para criar o cenário perfeito para a colocação de um lustre diferenciado”, explica.
Um lustre imponente deve ser inserido na decoração com seus devidos cuidados para que não polua visualmente o ambiente. E, vale ressaltar, que as regras atuais não são mais as mesmas de antigamente, dando mais liberdade para a composição do layout. “O lustre na sala de jantar antes era um elemento que não podia faltar e ficava sempre centralizado em relação à mesa. Hoje, já não existe mais tanta regra para isso. Deve-se, no entanto, estar atento à sua posição e tamanho para não prejudicar as circulações e nem perder a proporção dele em relação à mesa e também aos outros móveis”, revela Gislene.
Vale ressaltar ainda, que não é somente no layout residencial que os lustres mais arrojados podem ser inseridos. De acordo com a designer de ambientes Laura Santos, os ambientes corporativos também têm espaço para eles. Em seu projeto para a Casa Cor Rio 2017, o “Network Living”, a profissional inseriu um elegante e impactante lustre. “A ideia principal da criação do ‘Network living’ é um ambiente de estar em um ambiente trabalho, uma questão que está em voga nos dias atuais, com o foco cada vez maior no bem-estar dos profissionais. Com isso, trago para o corporativo, tendências atuais do décor residencial, como o lustre impactante, que se encaixa perfeitamente em quaisquer dos dois estilos de ambientes”, relata.
Tanto na parede ao lado quanto no fundo do espaço, os lustres imponentes chamam atenção no Network Living, ambiente projetado por Laura Santos, na Casa Cor RJ. Foto: MCA Estúdio
Para a designer, a decoração dos ambientes corporativos atualmente está mais acolhedora e trazendo melhorias para o desempenho dos profissionais. E, a iluminação, é um dos pontos principais para a eficácia de um ambiente de trabalho. “Aqueles ambientes sisudos, frios, estão dando cada vez mais espaço para espaços aconchegantes, com toque de casa. No espaço corporativo, o projeto luminotécnico merece uma atenção especial, assim como fiz com este meu ambiente para a Casa Cor Rio. O lustre, por exemplo, traz mais requinte à composição do layout e traz a sensação de estar em casa”, afirma.
Projeto Laura Santos, as duas luminárias Slamp, design italiano, foi lançada na Feira de Milão deste ano. Foto: MCA Estúdio
Gislene Lopes lembra que é preciso estar atento à principal funcionalidade do lustre, a de iluminar o ambiente. Toda a iluminação do espaço deve ser respeitada e bem harmonizada para que não haja discrepâncias no projeto. “Ao usar um lustre com iluminação mais expressiva, é necessário ter atenção com o restante da iluminação para não tirar o efeito proposto pelo lustre utilizado. Deve-se concentrar a iluminação em pontos estratégicos e trabalhar em conjunto com o lustre e escolher o efeito de acordo com o conceito e proposta de todo o projeto. Um projeto luminotécnico bem feito é fundamental para garantir a escolha correta do lustre e sua posição”, encerra.
Por Mão Dupla Comunicação
Foto destacada: Segundo Gislene Lopes é muito importante ficar atento a proporção do lustre em relação à mesa para não criar um desconforto visual – Jomar Bragança