É inegável que a sociedade mudou suas prioridades na vivência que atravessou durante os últimos dois anos. Após os períodos mais severos de isolamento, passamos muito tempo dentro de nossas casas e inserir elementos exteriores para dentro de nossos lares se tornou uma maneira de melhorar nossa qualidade de vida.
Nesse objetivo, a arquitetura e o design de interiores se propuseram a deixar os ambientes ainda mais aconchegantes: com elementos naturais, que ajudam a nos manter no momento presente e favorecem a interação entre o espaço e nossos sentidos, cria-se uma sensorialidade maior e bem-estar através de artifícios como texturas, iluminação, sons, fragrância e disposição de móveis e cômodos. Tudo é pensado para proporcionar uma relação prazerosa entre o ambiente e o indivíduo.
Esse olhar é conhecido como Arquitetura Sensorial, que ganha cada vez mais espaço em residências e imóveis, assim como neste apartamento de 250m² projetado pelas arquitetas Claudia Yamada e Monike Lafuente, responsáveis pelo Studio Tan-gram.
Localizado em São Paulo, no bairro Chácara Santo Antônio, zona sul, o apartamento com living integrado ganhou uma marcenaria inteligente e colorida, que brinca com os tons rubro e vermelho-queimado, contrastando com o tom usual da madeira e comprovando que é possível sair das cores senso-comum e apostar numa paleta eficiente e não tão corriqueira, garantindo a personalidade de um projeto.
Confira, a seguir, detalhes desse projeto e veja como a Arquitetura Sensorial funciona na prática, a partir de alguns highlights do apartamento e as soluções inovadoras com propostas para deixar o imóvel ainda mais acalentador.
Integração e conforto na mesma medida
Sofisticação e exuberância são sinônimos desse projeto do Studio Tan-gram, que trabalhou uma marcenaria inteligente que propôs aconchego e praticidade ao imóvel. A madeira entrou como um fio condutor para revestir paredes, criar nichos, painéis e desenhar todo o esquema de marcenaria funcional, deixando o ambiente livre para integração dos cômodos e tornando as paredes desnecessárias.