Arquitetos explicam como os projetos 3D auxiliam nas tomadas decisões de reforma e construção de uma residência, trazendo mais clareza e agilidade neste processo
Muito próximo da realidade, o projeto 3D simplifica a visualização de um cômodo antes mesmo dele estar pronto. Na imagem à esquerda, a imagem realizada pelas profissionais do escritório Mirá Arquitetura e, à direita, o fotografia que mostra a similaridade entre criação e realidade| Foto: Nathalie Artaxo
Com o advento da tecnologia na arquitetura de interiores, os projetos 3D se tornaram uma ferramenta fundamental para os profissionais de arquitetura. Através de softwares modernos, é possível proporcionar para os clientes uma visão mais detalhada dos ambientes e dos móveis planejados, facilitando assim as tomadas de decisões, bem como os ajustes e modificações de acordo com os gostos e as necessidades dos moradores. Com este recurso, arquitetos, clientes e empreiteiros trabalham de forma mais linear e organizada, evitando erros no resultado do projeto residencial.
Contudo, não é de hoje que esse artifício é utilizado. Segundo as arquitetas Juliana Rinaldi e Fernanda Hardt, sócias no escritório Mirá Arquitetura, a apresentação gráfica sempre foi utilizada nos projetos. “Aqui no escritório sempre apresentamos o 3D e essa é uma etapa que os clientes mais se aproximam do projeto. O impacto é bem positivo, uma vez que eles conseguem sair do mundo das ideias e visualizam como tudo ficará disposto. Para nós, isso é ótimo, pois mitiga qualquer chance de acontecer alguma surpresa negativa mais para frente. Além de proporcionar satisfação para todos os envolvidos, também ajuda demais no fluxo da obra”, comenta Fernanda. A arquiteta ainda diz que, por meio desse esboço digital, o morador pode fazer alterações nas cores das paredes de um cômodo, modificar o modelo e até escolher qual revestimento é o melhor para cada situação, economizando tempo e investindo o seu dinheiro de maneira mais assertiva.
A realidade virtual proporciona ao cliente uma visão mais minuciosa do ambiente e dos móveis planejados, mostrando detalhes precisos. Na primeira imagem, à esquerda, projeto 3D empreendido pela arquiteta Júlia Guadix, do escritório Liv’n Arquitetura e, à direita, o clique após a execução | Foto: Guilherme Pucci
Vantagens dos projetos 3D
O projeto 3D é multitarefas, pois além de contribuir para o processo de aprovação do cliente, é empregado também como uma espécie de manual de construção e um guia que fornece instruções do passo a passo da obra. Além disso, a agilidade na elaboração da estrutura dos ambientes e a definição de cores e texturas é uma outra vantagem, já que os softwares dispõem de uma gama de opções para serem usadas ou combinadas, possibilitando a criação de layouts completamente distintos para a apresentação e abrindo um leque de ideias que podem ser adotadas no projeto.
“Com o 3D, o cliente valida o projeto com mais rapidez, uma vez que é bem mais fácil fazer as alterações solicitadas por eles”, informa a arquiteta Fernanda Hardt. Outro ponto positivo, que pode passar despercebido, mas que carrega muito relevância, diz respeito ao lado sustentável e econômico que o 3D proporciona se comparado às plantas, maquetes ou outro tipo de projeções efetuadas em papel.
Com o recurso 3D, o profissional de arquitetura tem nas mãos a liberdade de idealizar inúmeras opções de layout, tornando possível combinar cores, materiais e acabamentos com mais facilidade. Mais um exemplo de projeto 3D x realidade produzido pela arquiteta Marina Carvalho | Foto: Evelyn Müller
Processo de criação dos projetos 3D
O modelo 3D permite efetivar uma apresentação rigorosamente fiel ao que foi planejado, com os detalhes e as ferramentas que serão empregadas na construção do projeto da casa e dos móveis. Para isso, os programas e softwares são instrumentos imprescindíveis para montar o projeto, onde são utilizados métodos automatizados para conceber a simulação dos espaços com objetos, móveis e detalhes semelhantes com aqueles do plano físico. Porém, nessa construção do modelo tridimensional, existem algumas etapas que o arquiteto precisa seguir. Juliana Rinaldi afirma que cada profissional faz do seu jeito, mas em seu escritório, ela e sua sócia trabalham com o Sketchup, que tem uma integração com o Autocad, outro software amplamente operado pelos profissionais da área. “Primeiramente importamos a planta, operacionalizamos toda a estrutura externa como paredes, piso, laje e forro. Na sequência, modelamos tudo que é de marcenaria, inserimos blocos de mobiliário, louças, metais, e etc para, depois, aplicar os materiais”, detalha.
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Já a arquiteta Júlia Guadix, à frente do escritório Liv’n Arquitetura, revela que utiliza os projetos 3D durante as apresentações para os clientes, mas seu processo de criação é um pouco diferente. “Quando executo o levantamento e relaciono as medidas, já passo à limpo gerando a base do projeto em 3D em um modelo básico. Desse jeito, quando compartilho as opções de layout para os clientes, já é possível visualizar com amplitude e escolher com mais segurança”. Ela ainda completa que, depois desse processo ela está pronta para iniciar a fase de detalhamento do projeto com a inserção das propostas de materiais, texturas e mobiliários, entre outros tópicos. “Tudo isso é bacana para que o cliente entenda o que estamos propondo e garante a satisfação do resultado. Em cinco anos de escritório, nunca ocorreu o desconforto de um cliente não gostar do resultado, uma vez que ele já tem uma percepção muito clara daquilo que verá quando tudo estiver finalizado”, argumenta.
tudo faz com que o cliente entenda o que estamos propondo e garante a satisfação com o resultado, evitando surpresas negativas. Nestes cinco anos de escritório, nunca ocorreu de um cliente não gostar do resultado. Pelo contrário, sempre se surpreendem positivamente”, comemora.
Mais um exemplo de criação x real: a imagem à esquerda, a apresentação 3D da cozinha com a sala de jantar integradas. Ao lado, a arquitetura de interiores produzida pelas arquitetas Juliana Rinaldi e Fernanda Hardt, do escritório Mirá Arquitetura | Foto: Nathalie Artaxo
Valorização do trabalho
Com o desenho tridimensional torna-se muito mais prático conceber a disposição da marcenaria nos ambientes da casa e observar a necessidade de armários e nichos, fazendo toda a diferença no resultado. 3D x realidade empreendido pela arquiteta Marina Carvalho | Foto: Evelyn Müller
Para os escritórios de arquitetura, oferecer esse recurso tecnológico é uma maneira segura de entregar um serviço bem executado e mais completo aos moradores. O projeto 3D é uma ferramenta que tem um valor significativo para atrair mais clientes, recompensando o investimento feito em softwares voltados para as maquetes tridimensionais. Com isso, tanto arquitetos quanto as empresas saem ganhando ao ter essa especialidade e acabam conquistando cada vez mais espaço no seu mercado de atuação. “Oferecer esse tipo de trabalho, com certeza, reflete na satisfação do cliente em ver e imaginar o seu lar do jeito que ele sempre sonhou. Os projetos 3D são o futuro da arquitetura! Atualmente, o escritório que não tem a preocupação de dispor essas imagens tão próximas ao real, está um passo atrás dos demais”, finaliza Juliana.
Sobre a Mirá Arquitetura
(11) 3032-4608
@mira.arquitetura
Sobre Marina Carvalho
(11) 4324-4555
@marina.carvalho.arquiteta
Sobre Liv’n Arquitetura
Av. Dr. Cardoso de Melo, 291, São Paulo – SP
(11) 94537 – 0101
Instagram: @livn.arq
Por Leonardo Sandoval
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