O renomado escritório de Santa Catarina foi selecionado pelo CasaHall Design District de Balneário Camboriú para o TOP 100 da revista Kaza
Uma residência completa, de 185 metros quadrados, e que traduz um olhar contemporâneo sobre o morar. Mais do que a questão puramente estética, os designers Moacir Schmitt Jr. e Salvio Moraes Jr, do Studio CASAdesign – profissionais conceituados no mercado catarinense – trouxeram a sensação de bem-estar e acolhimento para a Casa OAK.
Esse também é o projeto que ilustra as páginas do Anuário Kaza TOP 100 2019. O Studio CASAdesign entrou para a seleção do TOP 100 deste ano, prêmio da revista KAZA, que indica os 100 escritórios de arquitetura e design de interiores de maior destaque do Brasil. O Studio ficou entre os cinco escritórios do Litoral Catarinense premiados no concurso. A seleção é organizada pelo CasaHall Design District, de Balneário Camboriú. Os vencedores receberam a premiação em Punta Cana (República Dominicana), em outubro deste ano.
A construção, ladeada por um jardim externo – assinado por Kalil Ferre Paisagismo -, contemplou um amplo living, cozinha e sala de jantar integrados, e uma suíte confortável. Os elementos escolhidos para estruturar a ambientação dos espaços reforçam ainda mais o aconchego de um lar tão desejado pelos profissionais, que pensaram em cada detalhe.
O teto e todas as paredes foram revestidos em lâminas de carvalho natural, uma madeira de tom claro e amendoado. “E é justamente dessa característica marcante que vem o nome do projeto: OAK, que em inglês significa carvalho”, explicam os Jrs.
Já o piso, que apresenta um aspecto de limestone na cor azul intenso impressiona pelo efeito. Às vezes parece preto com variações de cinza escuro. Como a ideia era criar um cenário mais rústico, a opção foi pelo uso do revestimento modular no formato 20×20 com bordas irregulares. A este contexto somaram-se ainda as placas onduladas metálicas, material de reaproveitamento. As peças ganharam notoriedade como divisórias do dormitório e do banheiro, imprimindo um visual mais industrial.
Na ambientação, destaque para mobiliário minimalista e de proporção equilibrada. As peças fazem composê com tecidos claros e muita madeira torna o ambiente acolhedor. Além desses elementos, a produção do ambiente reúne peças únicas e feitas à mão de diferentes origens e etnias, como Timor Leste e da Ilha de Bornéu (na Ásia), de Benin (Nigéria/África), da Turquia e das Filipinas que trazem toda uma carga emocional para o espaço.
A arte não poderia ficar de fora no trabalho de Moacir e Salvio. A grande pintura do artista João Di Souza e as caixas de Luisa Malzoni; bem como a arte nordestina, que se faz presente através de Ramonn Vieitez; são obras visualmente fortes, que ligam o ambiente à grandiosidade da natureza. Enfim, arte que inspira e atrai todos os olhares, pois retratam aspectos humanos do cotidiano dos profissionais.
O estilo brutalista na fachada não passa despercebido. Atrai olhares justamente pelo único recorte na parede, que forma um ângulo interno e leva à porta principal do imóvel. A recepção ainda surpreende pela volumetria resultante da aplicação de tijolos, com uma pegada mais handmade, textura rústica e um leve brilho metalizado. “Um tijolinho de muita personalidade”, pontuou a dupla.
Por Luciana de Moraes
Imagem: Denilson Machado