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High Design – Home & Office Expo: inovação e negócios

High Design – Home & Office Expo: inovação e negócios

 

 

Para o empresário Lauro Andrade, que ajudou a fortalecer o setor de revestimentos, louças e metais sanitários, o mercado brasileiro poderá aproveitar a High Design para estreitar relações com público internacional

 

 

Na segunda semana de agosto, São Paulo receberá um evento que promete revolucionar os negócios no setor e se tornar a principal ferramenta brasileira de exportações de móveis, decoração e design. Criada a partir da Casa Brasil, a High Design – Home & Office Expo está integrada também ao DW! São Paulo Design Weekend, festival urbano que promove a cultura do design e suas conexões.

 

O profissional que repaginou o evento, em sociedade com a multinacional inglesa Informa Exhibitions e em parceria com o Sindmóveis de Bento Gonçalves, é o catarinense Lauro Andrade. Atualmente, Lauro é uma das maiores referências em plataformas de negócios, quando se refere a eventos B2B.

 

 

Revista USE: Chega a São Paulo uma nova feira, com ações singulares para gerar negócios. Conte-nos detalhes dessa mudança ocorrida na Casa Brasil, que agora é High Design.

Lauro Andrade: A Casa Brasil foi criada pelo Sindmóveis Bento Gonçalves, como uma estratégia de agregar valor aos produtos do setor moveleiro da região. Complementar à Movelsul, ela tinha como objetivo promover as empresas do segmento junto a arquitetos, designers de interiores, varejo de móveis de alto padrão e compradores internacionais. Foi brilhantemente realizada na Serra Gaúcha, por quatro edições bienais, e precisava se transformar em uma plataforma global de negócios. Nossa experiência de sucesso com a Expo Revestir e DW!, eventos complementares e não concorrentes, com públicos-alvo semelhantes, somada à capacidade de articulação, mobilização e captação de investidores, criou o ambiente perfeito para a continuidade da Casa Brasil em outro patamar, nascendo assim a High Design – Home & Office Expo.

 

R U: Por que São Paulo foi escolhida como sede?

L A: São Paulo é a capital dos negócios e maior “hub” financeiro e logístico da América Latina. Sozinho, o estado responde por cerca de 40% do PIB nacional. A região metropolitana da cidade de São Paulo tem economia similar à do Chile e o estado é quase do mesmo tamanho da Argentina. Em um raio de 100 km, quatro aeroportos têm voos diretos para as 150 maiores cidades do país e para as 100 cidades mais importantes do mundo. Não há como comparar a capital paulistana a nenhuma outra cidade brasileira no que tange o potencial de negócios e facilidades logísticas, sendo o local ideal para um evento que pretende, em cinco anos, ser um dos mais importantes do mundo no segmento.

 

R U: O que você, Lauro, espera deste novo evento?

L A: Somos especialistas em realizar eventos de grande porte e altamente qualificados, em termos de visitação. Nossas pesquisas e experiência garantem que o mercado está ávido por este tipo de plataforma, integrando negócios e conteúdo. Um ótimo case de sucesso é o da Expo Revestir, que mantém um ciclo de crescimento em todos os indicadores em suas últimas 12 edições. Isso fortaleceu o setor e o deixou mais competitivo, inserindo o Brasil como importante player e no calendário mundial de eventos do segmento. Contudo, mais do que esperar algo, nossa equipe tem trabalhado incansavelmente para mostrar ao setor moveleiro como um evento deste porte pode elevar o patamar da indústria.

 

R U: Quais as atrações desta primeira edição?

L A: Tudo é novidade! Não existe evento similar na América Latina que reúna as principais marcas de moveis planejados, ”soltos”, autorais, cozinhas, iluminação e superfícies. A interação destas marcas com milhares de profissionais arquitetos e designers de interiores, além de lojistas e compradores internacionais, sem dúvida gerará negócios e causará experiências inéditas e exclusivas aos participantes.

 

R U: Há quem diga que as feiras são modelos obsoletos de negócios, especialmente em países em desenvolvimento e em processo de abertura de mercados. O que a High Design oferece para os que buscam um evento original?

L A: Qualquer mídia, seja presencial (feiras), impressa ou digital, morrerá se não apresentar uma proposta relevante, adequada ao seu público. Acreditamos em plataformas múltiplas e integradas. O momento do país, sem dúvida, tira a confiança de todos e reduz a velocidade de investimentos. É neste momento que as estratégias de longo prazo devem guiar as ações, enquanto se “sobrevive com criatividade” no curto.

A partir dessa premissa, a High Design busca integração e posicionamento setorial em um novo patamar de valor. Para apresentar um ambiente de negócios e conteúdo inédito no segmento moveleiro nacional, foi necessário reunir uma grande força de trabalho: empresas e profissionais do design e decoração, com vasta experiência em eventos de arquitetura e construção no Brasil e no mundo.

Convidamos expositores comprometidos com o design, inovação e qualidade, que proporcionarão experiências presenciais únicas aos visitantes. Entendemos que o relacionamento próximo com o público qualificado e formador de opinião, tornou-se essencial para marcas que buscam diferenciar-se dos concorrentes.

 

R U: Como avalia o reflexo das mudanças no mercado nesse primeiro trimestre?

L A: Infelizmente todas as mudanças no mercado são para pior. A macroeconomia é cruel: não há crescimento do todo. Quem cresce, cresce em cima do desfalecimento de outros. É terrível em termos setoriais. Por isso, mais do que nunca, é fundamental que as empresas se diferenciem, mostrem para seus clientes por que são especiais e participem de atividades como a High Design. Somos, mais do que nunca, essenciais para quem quer ser “campeão”!

 

R U: Em sua opinião, as ações políticas têm influência direta nas atividades do setor de móveis e decoração junto ao varejo?

L A: Sim, tem influência diretíssima. O setor de móveis e decorações está profundamente ligado à atividade da construção civil, que por sua vez, depende de quatro fatores: crédito disponível, juros baixos, inflação controlada e confiança de longo prazo. Infelizmente, não temos nada disso no atual contexto econômico, por causa da péssima condução das políticas públicas nacionais. Precisamos de mudanças imediatas. Temos convicção que qualquer “sopro de esperança” mudará o ânimo dos empreendedores e empresários brasileiros.

 

R U: São Paulo é o maior mercado consumidor de móveis nacional. Como você vê o consumo destes produtos na cidade, diante da evolução e mudanças no perfil da região, ao longo dos anos?

L : Mais do que observar mudanças no perfil da região, eu acho que o que se pode notar atualmente é que, com a crise econômica e redução da venda de imóveis novos, surge a necessidade de atualização e decoração dos ambientes para aumentar a vida útil dos mesmos. E isso pode levar a uma maior demanda por móveis e artigos de decoração. O consumidor vai buscar produtos que tenham a capacidade de se adequar ao seu estilo, aumentando ainda mais a importância do arquiteto e do designer de interiores neste processo.

Mas a pergunta é muito ampla e precisaríamos de mais 10 páginas para responder sobre isso. Quer saber como se adaptar às mudanças do mercado paulistano (e brasileiro)? Venha para a High Design Expo, de 09 a 11 de Agosto de 2016!

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