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Festival atento às oportunidades da arte e do design

 Festival Internacional de Arte de São Paulo começou nesta quinta-feira na capital paulista

Inaugurada em 2005 como feira internacional de arte moderna e contemporânea, a SP-Arte, em sua 13ª edição, repaginou o nome, e apresenta-se agora como Festival Internacional de Arte de São Paulo.

Sediado no pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, o evento – que abriu nesta quinta-feira (6) para a visitação do público e segue com programação até o dia 9 –, de fato, vem ampliando as suas atividades e tem incluído mais o universo do design. Dessa forma, busca reforçar sua posição entre as principais feiras o mundo, sendo a maior do Hemisfério Sul.

Desta vez, além de reunir mais de 130 galerias nacionais e estrangeiras, a iniciativa tem se reverberado em cerca de 180 ações, que envolvem abertura de exposições, lançamento de catálogos e bate-papos, em vários espaços da cidade. Para a galerista mineira Flavia Albuquerque, que participa da SP-Arte exibindo trabalhos de artistas representados pela galeria Celma Albuquerque, em Belo Horizonte, como José Bechara, José Bento e Leda Catunda, a mudança, visivelmente estratégica, é positiva.

“Acho legal o evento se chamar festival porque deixa um pouco a conotação de que para frequentar a feira as pessoas têm necessariamente que comprar. Quando se mostra que outras ações acontecem pela cidade e as galerias não estão apenas voltadas para o mercado, mas tem uma preocupação com o artista, em publicar livro, contribuir para a construção de uma carreira e para levar os artistas para outras instituições, se faz algo importante e evidencia que o nosso trabalho é mais amplo”, comenta Flavia.

Enquanto busca expandir o escopo de sua atuação, a SP-Arte, não deixa de ser, no entanto, um evento essencialmente voltado para o mercado de arte. No ano passado, em meio às turbulências de uma crise política e econômica, a feira alcançou um volume de vendas de aproximadamente R$ 180 milhões. Marca, no entanto, menor que em 2015, quando foram movimentados cerca de R$ 250 milhões.

A continuidade do projeto, apesar do cenário de retração econômica, para a idealizadora Fernanda Feitosa, se deve à qualidade das criações dos artistas e das galerias que os representam. “Ao longo dos anos, nós sempre reunimos as melhores galerias do país e, nos últimos seis anos, fomos incorporando as grandes galerias internacionais também. Então, isso trouxe uma potência para o evento e uma relevância do ponto de vista mundial. Ele deixou de ser algo estritamente local, embora o forte seja uma presença do modernismo e da arte contemporânea brasileira”, afirma ela.

De Minas Gerais, além da Celma Albuquerque, estão presentes na SP-Arte as galerias Murilo Castro, AM Galeria, Manoel Macedo, Lemos de Sá Galeria de Arte, além da mais recente Periscópio, que integra a lista de expositores pela primeira vez. Altivo Duarte, um dos sócios da casa inaugurada em Belo Horizonte no fim de 2015, pontua que esse passo reflete a relevância do projeto da Periscópio. “Nós temos conseguido realizar exposições que nos ajudaram a montar um time de artistas, como Éder Oliveira, Guto Lacaz, e que vem ganhando repercussão nacional. Estar aqui mostra que a gente vem conquistando um espaço e contribuindo para movimentar a cena mineira”, diz Duarte.

Murilo Castro, veterano da iniciativa da qual participa desde a primeira edição, observa que a SP-Arte trouxe um incentivo ao colecionismo saudável para as artes. “O cenário mudou muito após a realização da SP-Arte e de outras feiras. Esse é um momento em que o mercado olha com muita atenção para as obras e as pessoas aguardam o evento tanto para mostrar trabalhos novos quanto para compor novas coleções, que são uma parte importante da preservação da história da arte brasileira”, pontua ele.

 

Por Carlos Andrei Siquara  – O Tempo

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