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CASA COR Minas Gerais inicia 30/08, conheça os destaques

A CASA COR Minas Gerais chega completamente revigorada aos seus 22 anos de existência. Pensada inicialmente como um evento de design e de arquitetura de interiores, a mostra ganhou novos contornos e expande sua esfera de atuação, transformando-se numa plataforma geradora e disseminadora de conteúdo, ampliando e reforçando sua presença junto ao público e profissionais.

Com a proposta de comemorar o título conquistado recentemente pelo Conjunto Arquitetônico da Pampulha junto a UNESCO, esta edição da mostra conta com uma série de ações especiais que incluem a ocupação de outros importantes espaços na orla da lagoa como o Museu de Arte da Pampulha, que recebe a exposição “Ser” MODERNO, a Casa do Baile, com conta com lounge assinado por Renata da Matta e o Iate Tênis Clube, que irá abrigar uma grande festa, no dia 03 de setembro, com a presença de arquitetos de todo o país para celebrar a Pampulha. Além disso, a CASA COR Minas ainda conta com o lançamento de um picolé no sabor Abacate com Natas – uma criação exclusiva da Easy Ice e Greco Design em homenagem a Oscar Niemeyer(que consumia a mistura de abacate com natas regularmente e creditava à ela sua longevidade). O lançamento faz parte de uma edição limitada e não será comercializado, mas distribuído ao público durante os eventos da CASA COR Minas.

Profissionais premiados, com longa trajetória de participação na mostra, além de um time de jovens e talentosos profissionais integram uma equipe responsável por apresentar, ao todo, 46 ambientes.

Áreas externas

Logo na chegada, os visitantes são recebidos na Bilheteria, assinada pela arquiteta Flávia Freitas. Ela será instalada dentro de um container. O espaço foi transformado em um foyer prático e, ao mesmo tempo, aconchegante. “A bilheteria da CASA COR Minas é o primeiro contato do visitante e não pode ser somente um lugar para comprar os bilhetes de entrada. Ele precisa ser impactado positivamente, elevando a expectativa para os demais ambientes. Estou apostando que será um ambiente onde o público não só entrará para comprar seus ingressos, mas sim, um lugar para sentar, bater um papo e usar como ponto de encontro, apreciando o belo paisagismo”, comenta Flávia.

Quem assina o Jardim Olimpo é a paisagista Nãna Guimarães que promete uma experiência que irá permanecer na memória de quem visitar esta edição. “Minha intenção é que o jardim seja agradável, que o visitante queira ficar e contemplar, um convite para um descanso. O objetivo é criar um espaço que não passe despercebido, onde todos tenham interesse em voltar. Será acolhedor e aconchegante, com a presença de elementos da natureza como água e fogo.”, adianta.

Já a Fachada e o Jardim de Saída são projetados pelo arquiteto Paulo Pontes. O grande destaque do ambiente é a presença de um painel de 30x3m, assinado pelo artista plástico Leo Arruda. Confeccionado em aço corten, a ideia é prestar uma homenagem à Pampulha, eleita Patrimônio Mundial da Humanidade. Completamente integrada ao jardim de Paulo Pontes está o projeto Inhotim Box. Para participar da 22a CASA COR Minas Gerais, o maior Centro de Arte Contemporânea do país e um dos maiores do mundo preparou uma espécie de loja itinerante, um projeto da Estufa em parceria com a arquiteta Bel Coelho. Neste espaço o público pode encontrar produtos da loja Inhotim e também uma linha de cerâmica com peças criadas exclusivamente para a CASA COR Minas.

Projetado por Droysen Tomich, Marcelo Serafim e Flávia Zambelli, o Giardino e Spazio de Vino, foi pensado como o ideal para a degustação de vinhos. Com estilo italiano, o jardim é cercado de muros cobertos de heras, e tem, ao fundo, a ambientação de uma casa antiga, sugerida por uma porta de duas bandeiras, original de uma fazenda colonial mineira. Tudo remete ao jeito italiano de bem viver: muita topiaria com plantas apropriadas, maciços de lavanda, a presença de vasos rústicos e o elemento que não pode faltar em um projeto com essa inspiração, a água, que jorra de uma fonte do século 18.

Há ainda dois jardins “instalações”, batizados de “Jardins de luz”, projeto da light designer Júnia Carsalade, que têm como proposta mostrar como um projeto luminotécnico pode ir além de apenas iluminar. Foram criados dois espaços externos onde a iluminação e a arte se comungam, criando uma harmonia perfeita entre o ambiente externo e o projeto arquitetônico. O primeiro, o Jardim de Luz da Lagoa, traz grandes esferas do designer Volmar Silva, e é inspirado em elementos astrais e formas lúdicas. Já o segundo apresenta uma verdadeira floresta de pequenas esferas, do mesmo tamanho das que são usadas nas conhecidas piscinas de bolinhas, criando um espaço divertido, diferente e inusitado.

Finalmente, o Jardim da Lagoa, de Felipe Fontes, completa a relação. Nesse jardim, a utilização de diversas espécies de capins integra o paisagismo ao Conjunto da Pampulha, que tem a lagoa como um grande diferencial. São plantas que nascem de forma espontânea na margem da lagoa, e seu uso nesse jardim gera um ambiente natural e simbiótico com a paisagem. Os capins apresentam um belo movimento com o vento, trazendo leveza e aumentando o prazer gerado pela brisa vinda do grande espelho d’água. São plantas rústicas, pouco exigentes, e tecnicamente muito apropriadas para a contenção de taludes. De beleza diferenciada, imprimem modernidade e se relacionam bem com a arquitetura do local e com o conceito do evento.

A casa em seu interior

A convivência de nomes de peso com novos talentos da arquitetura e do design promete encantar os visitantes. Sem participar da CASA COR Minas desde 2004, a premiada arquiteta Patrícia Hermanny retorna à mostra com um grande ambiente. Conhecida por seus projetos contemporâneos, com volume puros, espaços amplos e bem proporcionados, Patrícia vai assinar a Sala Central.

O também premiado arquiteto Carico, que já soma mais de 1950 projetos ao longo de sua carreira, também está de volta à CASA COR Minas. Ele assina o Closet, que será dividido para atender um casal, com espaços completamente distintos. Carico adianta alguns detalhes: “O lado feminino é aberto, com mais capacidade, de modo que todas a peças fiquem visíveis. Já o masculino é composto de armários com portas de correr, combinando com a objetividade associada ao homem, que organiza as coisas por seções. Um é oposto do outro, são duas opções para escolha.”.

Sempre muito aguardado pelos frequentadores assíduos da mostra, o ambiente Estar com Jantar e Piscina será assinado pelo escritório de arquitetura Costa Lombardi Steckelberg, das arquitetas Graziela Costa, Kívia Costa, Zuleica Lombardi e Érika Steckelberg. O projeto pretende resgatar a função primordial de tradicional sala de estar, como destaca Graziela: “Nosso ambiente vai priorizar o encontro entre pessoas e famílias, como acontecia antigamente”. O quarteto, que já participou das edições 2008, 2012 e 2013 acredita que a mostra é uma excelente oportunidade de apresentar seu trabalho para o público mineiro, classificado como exigente e sofisticado, além de uma possibilidade de reinventar-se como profissionais.

Comemorando 10 anos de atividades, o estúdio Simples Arquitetura, das arquitetas Natália Botelho e Paola Corteletti estreia sua participação na CASA COR Minas Gerais com o projeto Suíte Inverno Azul, inspirado no céu de inverno: cristalino e com aquele tom sempre impecável de azul. Aqui, a cor ganha a companhia do verde, nesse espaço pensado para pessoas que tem a mente jovem e buscam renovação em suas vidas. Com mobiliário desenhado pelas arquitetas, a suíte oferece, ainda, um ambiente de estar e leitura, com nicho aconchegante.

A Situar Projetos, da designer de interiores Rosângela Mesquita e dos arquitetos Eduardo Henrique Mesquita e Junia Bernarnos, é a responsável pelo projeto da Sala de TV da Família. Sobre o espaço, Rosângela adianta: “Vamos unir duas propostas: atender a casa com uma sala de TV personalizada e ter o diferencial de uma sala íntima. Com mobiliário valorizando móveis clássicos de design aliados a um sistema de tecnologia avançada de sonorização, boa iluminação, e, claro, muito conforto”.

Participando da CASA COR Minas pela 5ª vez, a designer de interiores Melina Mundim assume nesta edição a Suíte Máster. O ambiente irá misturar elementos contemporâneos com peças inspiradas no art decó. “As paredes de concreto aparente e piso cimentício se contrapõem com peças de design atual e detalhes que remetem ao art decó. Tudo isso regado a obras de arte e misturas de cores e estampas para criar um ambiente único, marcante.”, adianta Melina.

Pela primeira vez na CASA COR Minas, a jovem arquiteta Bárbara Sales marca sua estreia com um inusitado e ousado projeto. Responsável pelo ambiente Banho do Homem, a profissional usou como referência o motociclista apaixonado, que traz o hobby para dentro de casa. No ambiente, o banho é incorporado a uma oficina, e assim se torna parte do processo técnico, quase artesanal, de manutenção da motocicleta.

Colecionando participações na CASA COR Minas, em seu oitavo ano de mostra, o arquiteto Júnior Piacesi assina o Quarto de Hotel, que será construído em estrutura metálica, dentro de uma caixa de vidro. O arquiteto pretende criar um espaço que mexa com o emocional das pessoas, com texturas, cores e iluminação. Como exemplo, o teto do banheiro, que permite ver o céu, o box que se transforma em luminária e a presença de revestimentos rústicos.

O arquiteto Maurício Bonfim assina o Hall e Suíte da Estilista, um ambiente inspirado na mulher moderna, forte e bem-sucedida. Misturando elementos contemporâneos, modernos e ‘retrô’, o arquiteto cria um projeto recheado de contrastes que despertarão os mais diversos sentimentos nos visitantes da mostra. Já o Home Theater ganha ares sofisticados e tecnológicos no projeto assinado por Maria Gabriela Nogueira, Nathasha Nascif e Juliana Couri. Reunindo os melhores materiais, o espaço propõe uma experiência super otimizada, mas sem deixar de ser aconchegante.

Participando da CASA COR Minas pela 12ª vez, a premiada arquiteta Gislene Lopes, com 27 anos de carreira, será responsável pela Sala de Banho Deca. Já o estreante Pedro Félix irá assinar a Sala de Leitura. Com vivência em diversos países, o designer de interiores se inspira em experiências adquiridas em diversas viagens e também na observação do comportamento das pessoas para conceber seus projetos.

O arquiteto Ricardo Rangel assina o ambiente do Escritório Integrado e Galeria. Com mobiliário em madeira maciça, projetado pelo próprio arquiteto, e desenho mais sóbrio, o ambiente valoriza a arte mineira com uma galeria com obras de artistas do estado.

Um dos ambientes mais tradicionais e esperados da CASA COR, o Quarto do Bebê promete surpreender os visitantes da edição mineira. Isso porque a arquiteta Márcia Mundim apostou em um estilo pouco visto na decoração infantil: o art nouveau. Pensado para uma menina, o ambiente em tons de nude terá mobiliário e decoração inspirados no estilo artístico.

O Estar Integrado ganha uma atmosfera tranqüila, aconchegante e convidativa no projeto assinado pela arquiteta Isadora Capobiango. Inspirado no mar, o espaço em forma de “L” convida os visitantes a descobrirem o projeto aos poucos, de acordo com seu percurso, contemplando os itens necessários de acessibilidade, com fluidez e elegância.

A CASA COR Minas 2016 contará com um Toillet Galeria, assinado pelo estreante Lucas Lage. O ambiente é um banheiro funcional que atenderá a parte externa da casa cor, com acesso pelo bar e pelo restaurante. Ele contará com 4 cabines de uso individual onde serão locados trabalhos de artistas plásticos virando mini­galerias com lavatórios mistos localizados dentro de um hall principal que servirá de galeria de arte. Lucas define e adianta: “É um ambiente que explora o uso cotidiano ao ato de contemplação de obras de arte. Pensamos em um espaço fluido, com elementos surpresa e a possibilidade de passagem e apreciação estética total.”.

Grande ponto de destaque na CASA COR, a Garagem Estar Renault desta edição é assinada pelas arquitetas Angelica Araújo, Ana Andreia Barra e Christiana Coelho. Em 2016, as profissionais trazem ao ambiente o conceito da arquitetura compartilhada, que aposta na ideia de compartilhar conhecimento, informação, experiência e tempo. Muito além de estacionar o carro, o espaço foi feito para ser ocupado de diversas maneiras. O lado funcional fica por conta de uma oficina compacta, que não pode faltar. Mas na sequência, foi criado um estar, com sofá que se transforma em cama de hóspede e, no lugar da TV, uma grande projeção na parede. Tudo preparado para receber. Por fim, uma bancada de bar, onde é possível ver as etapas da produção cervejeira. Detalhes preciosos finalizam o ambiente, como a poltrona Bardi’s Bowl, projetada em 1951 pela arquiteta Lina Bo Bardi, e o trabalho do premiado artista brasileiro Guilherme Licurgo.

Com quatro participações no currículo (2008, 2009, 2010 e 2011), Ana Paula Paolinelli segue, em 2016, para sua quinta CASA COR Minas, com o projeto do Living. A profissional reconhece na mostra uma oportunidade ímpar para apresentar seu trabalho e para inspirar a decoração de residências: “Acho fundamental expor. Mesmo para quem possui uma boa carteira de clientes, participar de uma CASA COR eleva nosso status e nos coloca num patamar de projetos que serão almejados. Considero a mostra como uma vitrine na qual sempre se pode aproveitar algum detalhe. Para quem visita, é inspiração pura”.

Residindo no Brasil há seis anos, a arquiteta lituana Kornelija Sirmulyte vai assinar o Saleta Verde. Animada, ela adianta: “O ambiente que vou apresentar será uma mistura da minha formação e tudo que estou absorvendo do design brasileiro. Sinto que estou no meu melhor momento”.

Pela primeira vez na CASA COR, Andréia Moura e Juliana Silva se unem especialmente para a mostra com o projeto do Quarto do Jovem Urbano. Inspirado no jovem antenado com a cidade, o ambiente será marcado pelo conceito urbano. Sobre a inédita participação na mostra, Andréia vibra: “Participar de um evento como esse, nacional e de importância ímpar para a área, é um grande acontecimento na carreira de um profissional. Na CASA COR temos a oportunidade de novos contatos com fornecedores diferentes e com o público interessado. Apresentaremos um ambiente a altura das expectativas dos frequentadores da mostra.”.

Comemorando em agosto um ano de atividades, o Espaço 85, das arquitetas Flávia Gomes e Clena Madeira, é o responsável pela Suíte da Menina. A dupla, que já atua no ramo há 11 anos, participa pela primeira vez da CASA COR Minas. E o momento não poderia ser mais celebrado, como comenta Flávia: “Nada mais gratificante que comemorar um ano do nosso escritório com uma estreia na CASA COR Minas.”.

Também fazem parte do time dos profissionais já confirmados, a designer de interiores Iara Santos, que segue para sua quarta participação na CASA COR Minas, com o projeto da Sala Íntima, Lavabo e Sala de Leitura. Pensado para um jovem casal, o ambiente conta com uma decoração contemporânea, de maneira a oferecer bastante conforto.

Uma casa gastronômica

Vários ambientes da CASA COR Minas 2016 celebram a gastronomia e os encontros por ela proporcionados. Um dos destaques desta edição será uma cozinha-estúdio, onde acontecerão algumas edições do programa Terra de Minas, da Rede Globo Minas, que terá programação especial durante o período da mostra. Projetado em um container pelos arquitetos Luís Gustavo Vieira e João Lucas Pontes, da OBJ Design, um dos destaques será a vista para a Lagoa da Pampulha. Em seu interior, uma cozinha mineira será o cenário para conversas e receitas deliciosas. Em uma das paredes, uma homenagem ao arquiteto Oscar Niemeyer, com a reprodução de desenhos da Lagoa da Pampulha.

Depois de vencer o prêmio IF Design Awards 2016 na categoria “Arquitetura e Interiores” com o projeto “Casa de Vidro”, apresentado na CASA COR Minas 2015, a arquiteta Cristina Menezes retorna à mostra este ano com um ambiente que promete dar o que falar. A profissional assina a Cozinha Conceito, que vai receber chefs e cursos gastronômicos. Sobre o ambiente, Cristina comenta: “O espaço é minimalista, conceitual e bastante funcional, privilegiando a função do chef, já que a grande atração é o preparo da comida. Aliás, a funcionalidade está em todos os detalhes, como estantes com mini hortas, mobiliário em linhas paralelas e simétrica para boa visibilidade de qualquer ponto, e eletrodomésticos à mão do chef, tudo sob uma iluminação cênica.”.

Os amantes do vinho vão se deleitar com a Sala de Vinho, projeto assinado pela arquiteta Sílvia Carvalho. Com espaço climatizado para 450 garrafas, e que estará funcionando de fato durante a mostra, o ambiente ainda conta com diversos outros elementos para valorizar a experiência de quem aprecia um bom vinho, como destaca Sílvia: “O ambiente terá um espaço para degustação, com um quadro onde estará anotado a harmonização dos vinhos apreciados no dia. Terá também um ‘estar’, no qual os visitantes vão poder compartilhar a experiência da degustação. Aconchegante e acolhedor, o espaço contará com garrafas preciosas e valiosas, expostas como ‘artigos de arte’, além uma pequena biblioteca com obras sobre vinhos e seu consumo.”.

A arquiteta e designer de interiores Valéria Alves faz sua quinta participação na mostra com a Cozinha Contemporânea, um dos espaços mais esperados do público. Em uma área de 90m², a profissional está trabalhando no desenvolvimento de um ambiente inovador, com foco na sustentabilidade. Um dos diferenciais desta cozinha será um teto confeccionado em lona tensionada, que irá aproveitar a iluminação natural. A proposta do ambiente é que ele seja um espaço ideal para reuniões e confraternizações.

Depois de participar da CASA COR Minas em 2011, a arquiteta Camila Ferreira retorna à mostra assinado o ambiente da Cozinha, banho e área de serviço. Prezando pela simplicidade, o espaço será claro e leve, com grande integração com a natureza, como ela destaca: “O ambiente terá frescor e leveza, a cara de um casal mais jovem. Integrado com a natureza, terá porta de vidro no acesso para o jardim, uma pequena horta e iluminação natural. Elementos geométricos completam o ambiente, que será limpo, claro e agradável.”.

Vencedora do prêmio nacional DECA (meu banheiro preferido) com o ambiente Banho Camarim da CASA COR Minas 2015, a arquiteta Camila Bignoto faz sua segunda edição na mostra mineira. Responsável pela Adega e Lavabo, a profissional não esconde a emoção de integrar o evento novamente: “Participar da Casa Cor Minas para mim é muito gratificante e importante. Nela, posso mostrar o meu trabalho para um público específico, amante da arquitetura, do design e da decoração. Este ano estou novamente trabalhando como se fosse a minha primeira vez, com carinho e dedicação, empenhada em mostrar a minha identidade nos projetos.”

A CASA COR Minas 2016 também contará com um ambiente de Café, o Moca Café. fruto da parceria dos jovens arquitetos Manu Lolato e Fernando César. Integrado à natureza, espaço será aberto e despojado, com foco na sustentabilidade pela presença de um revestimento de gesso reciclado – produto que será lançado na mostra – e de um sofá de papelão moldável com capacidade para até 16 pessoas, sucesso na recente semana de design de Milão.

Com o desafio de reinventar o ambiente do Bar, os arquitetos Ana Bahia, Felipe Batista Vitor Rodrigues Soares e Sarah James se uniram em um projeto diferenciado, o Bar Notti. Com a inserção de uma estrutura cartesiana que concentra todas as atividades do bar, os convidados podem transitar por espaços distintos, interno e externo, e ainda relaxar nos lounges instalados no local.

Situado em um pavilhão fora do corpo da casa, o Restaurante terá projeto minimalista dos arquitetos Du Leal e Eduardo Beggiato. Em estrutura metálica forrada com tecido backlight, ele se transformará em uma caixa de luz, tanto interna, como externamente. O detalhe fica por conta da impressão de formas geométricas nessa “lona”, ao estilo das grades usadas em Belo Horizonte na década de 1940, cujo padrão, ao ser iluminado, dará sensação de textura. Com visada virada para a lagoa, as paredes internas e teto vão ganhar persianas de madeira, que além do apelo estético, servirá para controlar a luz. Em tons de cinza e grafite, o contraponto são as mesas claras, em patchwork de madeira freijó.

Uma casa de novidades e destaques

Um das grandes novidades da CASA COR Minas 2016, o espaço de Coworking poderá ser utilizado por expositores e jornalistas que precisem de um ambiente de escritório funcional para trabalhar. Tendência mundial, o escritório compartilhado reinventa o local de trabalho, rejeitando a lógica formal dos ambientes tradicionais e apostando nas relações pessoais. Quem assina o projeto é a arquiteta Pollyana Nunes, que destaca: “O coworking é uma nova forma de pensar o espaço de trabalho. O ambiente segue as tendências e exigências do mercado, reunindo pessoas a fim de trabalhar em um local inspirador e aconchegante, que remete à sala ou ao cantinho preferido de nossas casas. Um espaço democrático que gera mais liberdade para criação e integração.”.

Outro ambiente que chamará atenção, o Atelier de Processo Criativo, assinado pela arquiteta Gabi Braga, propõe uma reflexão sobre a tecnologia e a democratização do design. Ousado e instigante, o espaço contará com uma impressora 3D e convidará visitantes e participantes da mostra a criar seu próprio objeto que, quando pronto, ficará exposto, compondo o ambiente. Desse modo, o público será convidado para ser, além de designer, coautor do espaço, pois são as obras recém-criadas, e em exposição, que darão forma ao local.

Focada em soluções energéticas sustentáveis, a OptPower é, novamente, a grande responsável por toda a energia utilizada na CASA COR Minas Gerais. Recorrendo à energia solar fotovoltaica – obtenção de energia através da conversão direta da luz solar em eletricidade – a tecnologia não só reduz custos na fatura energética, como também contribui com o equilíbrio do planeta. Tem-se assim, uma casa sustentável e autosuficiente energeticamente, imune a qualquer irregularidade da rede elétrica comum, ou seja, sem instabilidade e apagões. O público é convidado para conhecer de perto a tecnologia, com um ambiente diferenciado, assinado pelos arquitetos Silvio Todeschi e Ana Bahia e com design gráfico de Mariana Hardy. Situado em um container, o projeto explora os próprios painéis solares que envelopam a estrutura onde estão as máquinas – assim, o próprio produto é o material de revestimento. Com uma área fechada ao público, na qual está concentrado o maquinário, o ambiente conta ainda com um trabalho tipográfico na fachada e um videowall informando sobre a tecnologia e o produto utilizado.

Comemorando o reconhecimento do conjunto arquitetônico da Pampulha como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, o sócio diretor da Greco Design Gustavo Greco fará uma grande homenagem no ambiente que vai levar sua assinatura. O grande corredor que desemboca no espaço que dá vista para a Lagoa contará com um instalação toda feita em azulejos especialmente criados para o projeto, numa parceria com a Terratile. Quadrados, círculos e quartos de círculos ocuparão o espaço num grafismo envolvente e cheio de identidade.

Outro destaque desta edição será a Casa Pré Fab, uma casa industrializada, que será inteiramente construída a partir de um modelo pré-fabricado, especialmente para a CASA COR Minas. A construção, assinada pela equipe da BCMF Arquitetos (que participa pela 3a vez da mostra) terá, ao todo, 230m2 e contará com três suítes, sala de TV, sala de estar, sala de jantar, cozinha, área de serviço, lavabo, um mini-escritório, piscina e uma garagem com capacidade para quatro carros.

Pela primeira vez, a CASA COR Minas terá um espaço para abrigar uma programação cultural. A diretora da CASA COR Minas, Juliana Grillo, que também é bailarina formada pela Royal Academy of Dancing of London e uma das fundadoras, diretoras e coreógrafas da Meia Ponta Studio de Danças e da Meia Ponta Cia de Dança, destaca que esse é um desejo antigo da mostra. Dessa forma, nasceu o projeto de um teatro multiuso, assinado por Pedro Pederneiras (engenheiro e diretor técnico do Grupo Corpo) e Gabriela Junqueira (bailarina do Grupo Corpo e designer de interiores) juntamente com os arquitetos Filipe Pederneiras, Thiago Bandeira de Mello e Valeria Junqueira. O espaço permite inúmeras configurações e receberá uma programação cultural intensa que inclui espetáculos de teatro e dança, shows, bate-papos e eventos diversos durante os 40 dias de CASA COR.

A Casa pela cidade

Além da mostra principal, no casarão na orla da Lagoa da Pampulha, a CASA COR conta, também, com ambientes fora da construção, mas que celebram a região do complexo e o título recém-conquistado. Como é o caso do Lounge da Casa do Baile, projetado pela arquiteta Renata da Matta. Diante de uma obra virtuosa, como é a Casa do Baile, o projeto desse lounge propõe uma interferência mínima, sem ruído. Para isso, foi criado um ambiente simples, porém aconchegante, com pufes, poltronas e sofá amigáveis, aliados perfeitos para um lugar em que a contemplação se torna uma vontade imediata. A Um ambiente minimalista, totalmente afinado com a arquitetura de Niemeyer, implantada em uma pequena ilha às margens da Lagoa.

A CASA COR Minas ainda ocupa o Museu de Arte da Pampulha, com a exposição “Ser” Moderno, concebida pelo arquiteto Pedro Lázaro especialmente para o Museu. Com o reconhecimento do conjunto arquitetônico da Pampulha como Monumento Cultural da Humanidade a ideia é que essa exposição, a partir da Casa Cor como mostra de design e arquitetura de interiores, conte essa história em três vertentes. A primeira trata do Museu de Arte da Pampulha como espaço arquitetônico, utilizando seus ambientes dentro da função a qual ele tem se prestado ao longo de 63 anos, como museu. Há ainda uma pequena referência de sua utilidade como cassino, em seus primeiros três anos de existência.

Logo em seguida, ao falar dele como espaço museológico, duas questões são abordadas: uma, é a exposição de seu acervo, que aqui ganhou um recorte que leva algumas considerações: artistas que produziram paralelamente ao movimento moderno, mas com o mesmo conceito moderno , que inclusive produziram para o conjunto da Pampulha, como Di Cavalcanti e Portinari, que inclusive produziram para o conjunto da Pampulha, Guignard, nosso modernista mor, e Maria Leontina; artistas influenciados diretamente pelo movimento moderno e que fizeram trabalhos específicos para o museu, como Raimundo Colares, Aloysio Zaluar, Franz Weissmann e Valeska Soares; artistas que tem em seu formato produtivo uma relação direta com uma investigação modernista, como Marilá Dardot, Rivane Neuenschwander, Kao Guimarães e Rosângela Rennó; e ainda artistas que tem uma história muito incisiva com a cultura brasileira, como Cildo Meireles, Rubem Valentim e Marco Paulo Rolla, dentre outros. Nesse recorte de arte, das 1.400 obras do museu, 48 compõem o “Ser” Moderno.

O mesmo recorte foi utilizado para a escolha do mobiliário: vai desde os móveis que foram criados para um momento da arquitetura em que as residências modernistas não comportavam o que havia disponível até então, até os móveis contemporâneos inspirados pelos modernistas e, por fim, móveis que têm uma influência direta da cultura brasileira. Entre esses nomes, Oscar Niemeyer, Zanini de Zanine, Joaquim Tenreiro, Olavo Machado Júnior, dentre muitos outros. Por fim, até a trilha sonora foi escolhida da mesma forma: trata-se de um trabalho de O Grivo, uma instalação feita especificamente para o museu.

O ambiente contará ainda, com visitações guiadas com o próprio Pedro Lázaro.

SOBRE CASA COR

A CASA COR é reconhecida como a maior e melhor mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas e reúne, anualmente, renomados arquitetos, decoradores e paisagistas. Em 2016 chega à sua 22a edição em Minas Gerais e com 20 eventos nacionais (Alagoas, Bahia, Brasília, Campinas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Interior de SP, Litoral de SP, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina) e cinco internacionais (Miami, Peru, Chile, Equador e Bolívia).

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