Se você já foi em um museu com obras do gênero natureza-morta, talvez tenha se perguntado: “Afinal, por que esse nome?” A origem do termo vem da palavra holandesa stilleven, que na língua inglesa seria traduzido por still-life (vida inerte, em tradução livre), mas, que no fundo pode ser interpretada como “um conjunto de objetos da natureza (como frutas e legumes) ou feitos pelo homem (como tapetes, garrafas, facas, etc) que são inertes, parados, aptos a serem vistos e representados por um artista”.
Esse gênero artístico é até hoje utilizado como meio de representação e estudo em muitas universidades e escolas de arte pelo Brasil afora. Inicialmente, não havia uma pretensão do artista em querer criar um conceito, ou mesmo de querer representar uma narrativa sobre o tema. Assim como é do interesse dos estudantes de artes atualmente, o artista barroco, que pintava pelos anos de 1600, acreditava que o gênero de natureza-morta era uma boa oportunidade para se aprender desenho e pintura. Havia, portanto, uma busca pelo aprimoramento de cores e texturas, formas e espaço, ou seja, o artista buscava em um gênero de fácil acesso dominar a linguagem.
Hoje podemos contemplar esse gênero pictórico em diversos museus espalhados pelas regiões brasileiras, sem sair de casa. Com alguns cliques no mouse e minutos dedicados na frente da tela do computador, o internauta pode visitar diversas coleções artísticas espalhadas pelo mundo ou, se preferir, pode viajar pela cultura diversificada e rica do nosso país.
Por exemplo, se você quiser, poderá acessar a plataforma do Google Arts e Culture, e por meio dela, poderá acessar o acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo sem sair de sua casa. A Pinacoteca possui um dos acervos mais importantes das artes produzidas no Brasil. O edifício está localizado no Jardim da Luz, no centro da cidade de São Paulo, e conta com pinturas de relevância para a história nacional, como é o caso da natureza-morta “Bananas e Metal” — quadro produzido em 1887 por Pedro Alexandrino (1856 – 1942), tido pela crítica como o pintor de naturezas-mortas mais importante do país entre o final do século XIX e início do século XX.
A plataforma do Google Arts e Culture possibilita ao internauta dar zoom nas obras de artistas, a tal ponto que chega a ser possível inclusive notar as ações de restauro e intervenções sofridas.
Além do vasto acervo brasileiro, a Pinacoteca já trouxe para o público artistas contemporâneos de renome no cenário internacional, como Ron Mueck, em 2015, que expôs uma reprodução hiper-realista de um frango em tamanho ampliado em uma das salas do museu.
Agora, você que está longe de museus poderá por meio das tecnologias da informação e comunicação (TICs) usar plataformas como o Google Arts e Culture para se apropriar de um material vasto e riquíssimo sobre a cultura de nosso país.
Autor: André Luiz Pinto dos Santos é professor especialista nos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Artes Visuais do Centro Universitário Internacional Uninter.
Por Lorena – Página 1 Comunicação
Imagem: Divulgação