Projetado pelo arquiteto Ivan Wodzinsky, o Living da Casa Cor Paraná 2016 carrega arte, sofisticação e elegância
A elaboração de um espaço único demanda mais do que a saída do senso comum, mas também de um vasto repertório apoiado em diferentes estilos e experiências. Conhecer a história e o valor de cada peça pode ser decisivo para um projeto de interiores de qualidade e, principalmente, de originalidade. Neste ano, o arquiteto Ivan Wodzinsky assina o luxuoso “Living” da Casa Cor Paraná, que se apresenta como um ambiente singular e pautado por elementos de riqueza artística. Para dar forma à tríade de sobriedade, atemporalidade e elegância, o profissional confia na valorização de materiais nobres – um dos grandes diferenciais impresso em trabalhos de Wodzinsky.
Com ares do estilo vintage dos anos 60 e 70, o espaço brinca com as estampas e texturas dos tecidos que revestem os móveis e a parede do lugar. A Originale Maison importou da França os tecidos das elegantes maisons Casamance, Casadeco e Camengo, especialmente para o espaço do arquiteto – todos lançamentos da Maison & Objet deste ano, só em tecidos. Esses são inclusive utilizados pela Kraft, de Eliane Viana, nos móveis da marca, como a famosa poltrona Platners, desenhada por Warren Platner, entre outros móveis do espaço. O living também é realçado pelo tapete de 60m² da Originale Maison, caracterizado como o maior da mostra, que carrega o desenho exclusivo do artista italiano Antonio Meneghetti para o arquiteto Ivan Wodzinsky.
Conhecido por elaborar projetos em linhas contemporâneas, o profissional aplica com maestria a composição entre peças nobres e sofisticadas, assim como a inserção de obras artísticas no décor. Os revestimentos de parede mesclam o uso da pedra ao tecido de veludo, configurando um espaço de sensações. Entre os itens de destaque, estão os vasos de murano e o móbile do artista Ignacio Gatica. O gran finale, entretanto, fica por conta das obras de arte que compõem o espaço de Wodzinsky. Em evidência no centro do living encontram-se dois felinos em tamanho real: a ‘Luar do Sertão’ e o ‘Tigre Esmagando a Cobra’, peças em bronze que compõem o acervo do escultor paranaense João Turin (1978- 1949), um dos mais importantes representantes da arte animalista brasileira. Ambas as peças foram premiadas em edições distintas do Salão Nacional de Belas Artes, e se transformaram em ícones da obra do paranaense formado em Bruxelas e que viveu durante uma década em Paris. Para enriquecer o espaço, também foram utilizadas as obras da SIM Galeria, como a obra Barcode, da artista alemã Katinka Pilscheur, com cinco metros de comprimento.
Fotos por Nenad Radovanovic
Fonte: PRIME COMUNICAÇÃO