Com 72 anos de história, o Jardim de Napoli, um dos restaurantes mais tradicionais de São Paulo, é exemplo de como unir tradição e tecnologia, sem perder a essência
A era pandêmica atingiu em cheio o setor gastronômico. Por outro lado, ensinou muitas coisas a empresários e administradores, acelerando certas tendências de mercado, como a transformação digital.
Seja no atendimento aos clientes ou no gerenciamento do negócio, as tecnologias vieram para ajudar a melhorar os resultados, automatizando processos e gerando economia de tempo e dinheiro.
A mudança tem atingido até mesmo restaurantes mais tradicionais, como o Jardim de Napoli, fundado em 1949 pelo italiano Francisco Buonerba.
Com 72 anos de mercado, há pouco mais de três anos o estabelecimento implementou tecnologias para gerenciamento do negócio, como conta Rubens Gois e Silva, gerente administrativo. “Primeiro foi preciso entender o que é um ERP, qual a sua função, tendo em mente que trabalhamos com metas e que poderíamos vislumbrar um horizonte em que colheríamos frutos a longo prazo”.
O ERP implementado foi o da ACOM Sistemas, que atua em diferentes frentes, mas, essencialmente, ajuda o empresário a saber qual a margem de lucro de cada produto, avaliando o nível de desperdício e possibilitando uma composição mais criteriosa do cardápio. Também permite que soluções e novas estratégias sejam adotadas mais rapidamente em termos de controle e planejamento.
“O sistema tem ajudado bastante, sobretudo neste período que estamos enfrentando. Analisar os números, evitar o pagamento de títulos em duplicidade, enfim, processos que nos fazem economizar ou não perder dinheiro, isso é fundamental. O sistema complementa a atividade empresarial com organização e centralização de dados. Sem dúvida auxilia na tomada de decisão. Ter informações rápidas resulta em economia de tempo de trabalho e em maior rentabilidade. Representa muito no nosso dia a dia”, explica Silva.
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“As tecnologias de gestão auxiliam na automação, mas, principalmente, geram análises que permitem tomar decisões mais assertivas, para que os empreendimentos foquem em sua essência, que são seus pratos e em servir as pessoas”, explica Eduardo Ferreira, CCO da ACOM.
O gerente administrativo do Jardim de Napoli ressalta, ainda, que apostar em processos digitais não significa romper com a tradição. Localizado desde 1968 no bairro Higienópolis, o restaurante é uma típica cantina italiana e mantém o conceito original da casa com alguns pratos do tradicional cardápio, entre eles o famoso Polpettone à Parmegiana, carro-chefe do local, receita criada por Toninho Buonerba. “Conseguimos unir tradição e tecnologia. Com tempo e maturidade tiramos informações valiosas para fazer uma gestão de melhor qualidade, tanto na unidade da Rua Martinico Prado, como em lojas nos shopping centers Higienópolis, Market Place e JK Iguatemi, além do Giardino, uma rotisserie que vende produtos da cantina”, conta.
Segundo Rubens, em grande parte de 2020, o Jardim de Napoli trabalhou apenas com delivery. Sobre o que imagina para 2021, Rubens de Gois espera que, de fato, a vacina chegue para todos. “A pandemia, fundamentalmente, veio mostrar o valor do ser humano nas organizações, o quanto as pessoas são capazes de desenvolver novos talentos. Mostrou também que cada vez mais será necessário elevar o nível profissional, investir em tecnologia para um gerenciamento mais efetivo”, conclui.
Por Nicole Thuler
Imagem: Divulgação
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