Arquiteta Alessandra Gandolfi fala sobre movimento que promete ditar o “novo normal”
Pode ser que você ainda não tenha ouvido nada sobre o ‘cocooning’, mas diversos estudos apontam que ele deve surgir como uma grande tendência mundial nos próximos anos. O termo representa um conceito do inglês, que pode ser traduzido como ‘encasulamento’ e retrata o efeito de as pessoas ficarem recolhidas em casa, reduzindo atividades externas.
Cunhado em 1981, por Faith Popcorn, o ‘cocooning’ buscava explicar o comportamento dos consumidores nos Estados Unidos diante dos receios da Guerra Fria. Mais tarde, um movimento bastante similar foi visto durante a recessão na década de 1990. No início desse ano, ainda antes do começo da pandemia do Covid-19, o termo ressurgiu em algumas conferências na Europa, apontado como uma das tendências do consumidor para 2020.
Movimentos que surgiram nos últimos anos, como o urban jungle e o hygge, já conduziam ao caminho do cocooning, ainda que indiretamente. Sendo assim, a casa passa a ser vista cada vez mais como uma fortaleza.
Segundo a arquiteta Alessandra Gandolfi, como as pessoas querem ficar mais no conforto de casa, áreas gourmet, home office e espaços de relaxamento devem ganhar cada vez mais destaque. Em resposta a esse comportamento mais caseiro, grandes marcas e corporações têm se adaptado para oferecer uma melhor experiência a seus consumidores. Prova disso, é a eficiência de alguns restaurantes em atender pedidos feitos para entrega, o aumento de cursos online e a procura por roupas que sejam mais confortáveis.
Sendo assim, a marca desse ‘cocooning 2.0’ que estamos vivendo é a praticidade dos serviços digitais, que tem se mostrado como uma alternativa eficiente para esse novo momento. Streamings, clubes de assinatura, deliverys, EAD’s e videochamadas vieram para ficar. Afinal, conforto e funcionalidade são os grandes aliados do consumidor pós-covid.
Por Luciana Prieto – Prime Comunicação
Imagens: Eduardo Macarios / Marcelo Stammer